Morador da Rua Florianópolis, no Bairro Canaan há 10 anos, Roberto Martins conta que desde que se mudou para o local, têm como vizinho um lote vago que é ponto de despejo de lixo de diversas origens.

São telhas, restos de construção, guardas chuvas velhos, fraldas, entre outros objetos que deveriam ser descartados em locais adequados. De acordo com Roberto, o resultado de tudo isso é que a região tem sido vítima freqüente de bichos peçonhentos como cobras, aranhas, escorpiões além de foco de doenças como a dengue. “É um absurdo, eu já cansei de pedir a limpeza do local. Eu mesmo já matei umas duas cobras vindas desse lote. Aqui é área escolar e não pode ficar desse jeito”, afirma o morador.

Roberto relata ainda que por diversas vezes chegou a retirar o lixo que estava no local, mas quase que imediatamente outras pessoas jogavam mais lixo na área. “Fica complicado de a gente buscar providências, porque nós não sabemos de quem é o lote. Além disso, a vizinhança deveria cooperar mais e evitar de jogar o lixo quase que na porta da gente”, desabafa.

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É o que também acredita a moradora, Gercí Araújo. Ela conta que desde que se mudou para o bairro, há cerca de dois anos, vem realizando um trabalho de vigilância, mas que infelizmente os resultados não são satisfatórios. “Eu vou no lote e retiro todos os lixos que estão ensacados e coloco na minha rua para o lixeiro levar. Além disso, eu fico de olho para ver se alguém vai jogar algum entulho. Caso a pessoa tente sujar o lote eu vou lá e não deixo”, conta.

Gercí relata ainda que o grande volume de lixo fez com que além do mal cheiro, alguns bichos fosse pra sua casa em função da diversidade de coisas lançadas no local. “Eu já matei algumas ratazanas. Isso me preocupa muito”, afirma.

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Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Sete Lagoas, que por meio de nota informou que “somente a partir da reclamação do morador, feita e protocolada na Secretaria de Meio Ambiente pelo telefone (31) 3771-9441 ou 3776-9313, fiscais da secretaria vão se dirigir ao local para confrontação do imóvel”, informa.

Ainda de acordo com o informado, será encaminhado um ofício, com o endereço do lote, para o setor de Cadastro e Rendas Imobiliárias da Prefeitura de Sete Lagoas, para verificação e localização do proprietário. Logo em seguida o mesmo é notificado pela Secretaria de Meio Ambiente a limpar o lote em 10 dias.

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Após esse período, a fiscalização volta ao local para comprovar se o serviço foi realizado pelo proprietário. Caso não tenha sido atendida a notificação, a Prefeitura autoriza a Companhia de Desenvolvimento de Sete Lagoas a fazer a limpeza e emite um auto de infração para o proprietário do imóvel. E, ainda, direciona toda a despesa da limpeza ao proprietário do imóvel, que será identificada na guia do IPTU.

Vale lembrar que a multa para o proprietário de lotes que descumprir as regras varia entre R$209,60 e R$1.048,25. A despesa para a limpeza realizada pela Codesel no lote é de R$ 0,83 por metro quadrado.

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por Cintia Rezende