O projeto Quinta na Praça desta semana se integrou ao “Palco Aberto” e levou diversos grupos de dança de Sete Lagoas e região para a Praça Tiradentes. Mesmo com o início das apresentações programado para as 19hs, muitas pessoas acompanhavam os ensaios, realizados no palco armado em frente ao Casarão.
As cadeiras eram ocupadas por pessoas que já começavam a marcar lugares para amigos e familiares, outros apenas matavam o tempo, também tinha quem comia alguma coisa das barracas armadas ao longo da praça enquanto os bailarinos reviam as coreografias.
Mães tentavam, sem sucesso, convencer as crianças, que olhavam atentamente o palco, a voltarem mais tarde ou deixarem o balé para outro dia.
Enquanto o sino da igreja de Santo Antonio se preparava para marcar as sete da noite, mais e mais pessoas iam chegando e buscando os melhores lugares para o espetáculo.
Em pouco tempo as cadeiras foram totalmente ocupadas, então o Secretário Adjunto de Cultura e coreografo, Alan Keller, apresentou pelo microfone os grupos que participavam do evento e informou que aquele era um projeto idealizado pela Secretaria de Cultura e Comunicação Social da Prefeitura de Sete Lagoas.
Em nome da Secretaria de Cultura informou que esta edição do “Palco Aberto” era em homenagem ao bailarino João Cláudio Cunha, “que hoje dança nos palcos do céu” afirmou.
Com o início das apresentações os olhos de centenas de pessoas ficaram completamente entregues à dança. Se apresentaram sete companhias de Sete Lagoas, além de grupos de três outras cidades.
Em cada umas das apresentações era possível sentir a interação do público junto aos artistas, seja na alegria das coreografias mais infantis ou no vigor de apresentações mais densas.
Robson Bernardino, bailarino da cidade de Paraopeba, destacou que as apresentações abertas ao público são positivas tanto para os artistas quanto para os expectadores. “Quem está no palco ganha com proximidade do público e quem não está habituado a este tipo de espetáculo tem a oportunidade de ter mais contato com a dança”.
Keila Aparecida acompanhava as filhas que iam se apresentar. Era a primeira vez que via as filhas dançarem em outra cidade. “A gente fica ansiosa, com medo de alguma coisa dar errado, mas no fim é sempre lindo”, contou. Ela também elogiou a iniciativa das apresentações ao ar livre, “fica mais fácil de cada um mostrar seu talento, isso incentiva muito”.
Ao lado do palco, crianças brincavam nas pontas dos pés. Mostrando como a alegria e a força da dança, de fato contagiava a todos.
A estudante Vaneide Santana via pela primeira vez um espetáculo de dança, ela havia sido convidada por uma colega para ir até a praça. “É muito bom por ser uma coisa diferente para mim. Muito bacana”, explicou a moça que vinha de outra cidade para estudar.
Já Geraldo Meireles, de 64 anos, sempre vai às apresentações da Quinta na Praça. “Faz 11 anos que me mudei para Sete Lagoas e sempre que tem uma apresentação eu venho ver. Enquanto tiver apresentações assim eu vou continuar vindo”, sentenciou, mostrando que o desejo de muita gente é que ações como estas continuem acontecendo em Sete Lagoas.
Texto e fotos: Felipe Castanheira