Embora a prefeitura de Sete Lagoas tenha comunicado oficialmente que Sete Lagoas vai receber a nova fábrica de locomotivas da Caterpillar, o Diretor Geral da MGE – empresa que faz parte do setor de indústrias ferroviárias do grupo – Carlos Roso afirmou que a decisão será tomada somente na segunda-feira, dia 25 de julho, depois de uma reunião com representantes do estado de São Paulo. “Só depois de me encontrar com os representantes paulistas é que a decisão será tomada, tenho uma autorização do grupo para decidir. O prazo final é a manhã de segunda-feira”, afirmou.
No comunicado da Prefeitura de Sete Lagoas, a vinda da fábrica é colocada como certa, uma vez que a confirmação foi dada pelo presidente da Caterpillar, Rich Lavin, para o governador Antônio Anastasia e ao prefeito Mário Márcio Maroca. Na nota, a prefeitura informa que em Minas três cidades disputavam o empreendimento, mas o trabalho desenvolvido por Sete Lagoas, que contou com forte apoio político, acabou vitorioso.
Ainda segundo a prefeitura, a fábrica vai ocupar o espaço pertencente à Ferrovia Centro-Atlântica (hoje controlada pela Companhia Vale do Rio Doce), nas proximidades da Cidade de Deus e que estava servindo como depósito de equipamentos desativados.
Carlos Roso informou que o projeto está voltado para atender o mercado da America Latina e que o Brasil deverá ser responsável por 80% das aquisições, uma vez que é o país com maior demanda. A fábrica terá um investimento de 70 milhões de dólares e vai empregar até 600 operários quando funcionar em plena atividade. A previsão é de produzir até 70 locomotivas por ano.
Ele também informou que o modelo apresentado por Minas Gerais visa o desenvolvimento de fornecedores regionais para a fábrica. Já a proposta do estado de São Paulo possui a vantagem de ter parte dos fornecedores instalados. Caso Minas seja o estado escolhido, a região terá que se preparar para atender às demandas.
por Felipe Castanheira