Comerciantes de água e gás de Sete Lagoas correm contra o tempo para se adequar a Lei 12.009/09, que entra em vigor amanhã, dia 04 de agosto, que exige o uso do side-car para entregas de gás e água por meio de motocicletas.
Na prática, a determinação prevê que as entregas deixem de ser feitas em motos, fator que de acordo com o CONTRAN, Conselho Nacional de Trânsito, gera insegurança e risco aos motoristas e a população. Na cidade alguns estabelecimentos aboliram a entrega por meio da moto e passaram a fazer o serviço por meio de caminhonetes.
A medida já causa polêmica´ e segundo a Associação Brasileira dos Revendedores de Gás, ASMIRG-BR, ela não está de acordo com a realidade de todo país. “Estamos orientando a todo setor de revenda a não se expor, se não há condições seguras de entregar o gás de cozinha, suspendam o atendimento. O que não pode é a empresa colocar em risco a segurança de seus funcionários com um equipamento deste tipo”, afirma o presidente da associação Alexandre Borjaili.
Júlio Cesar é um dos comerciantes da cidade que deixou a mudança para a última hora, e segundo ele, até o momento não possui meios para se adequar as novas regras. “Estou em busca de um veículo, mas ainda não sei quando ele chegará”, explicou.
Descontente com o setor, ele afirma que pretende deixar de entregar gás para ficar somente na entrega de água. “Com certeza essa medida vai encarecer os custos, então eu quero mexer somente com água, que é mais barato e mais seguro”, avalia.
Preparada para as mudanças, a revendedora Chama Gás, que há um ano atua em Sete Lagoas, já providenciou um novo veículo para transporte dos produtos vendidos.
A secretária do local, Jussara Marques, conta que, a partir de agora, as entregas na cidade serão realizadas por meio de uma caminhonete. “Compramos o veículo para se adequar a nova regra”, explica.
Jussara afirma ainda que, até o momento, a substituição das duas motos de entrega pela caminhonete não acarretará custos aos consumidores de Sete Lagoas.
por Cíntia Rezende