Moradores do Bairro Universitário, em Sete Lagoas fazem um apelo em busca de soluções, pois vivenciam uma situação de descaso. Os problemas vão desde o esgoto a céu aberto, buracos na maioria das vias, além da proliferação de bichos peçonhentos em função do mato alto. Através do pedido do morador Ricardo Carvalho, que reside na Rua Finlândia, nossa equipe se dirigiu até o local a fim de conhecer um pouco mais da situação em questão.
Logo na entrada do bairro, na rua Finlândia, motoristas e pedestres devem ficar atentos pois uma cratera toma conta da via. Nos últimos dias, moradores tentaram minimizar o problema depositando restos de tijolos quebrados no local. Na mesma rua, há também, diversas poças de água, que passam pela rua e continuam a descer, percorrendo também os diversos matagais da região, que hoje, são propícios para animais como cobras, ratos, entre outros.
Há quase três décadas como moradora da Rua Finlândia, a dona de casa Maria da Paixão, conta, que tem como inquilino um desagradável cheiro proveniente de um esgoto que passa dentro de sua casa e, em períodos de chuva chega até a rua. “ O cheiro é insuportável. Imagina só, o esgoto passa dentro aqui de casa e tem vez que dá pra ver as fezes na água da rua”, conta a moradora que há 28 anos reside no local.
Quem também não está satisfeita com a situação da rua, é a moradora Florentina Cunha, que de antemão mostra as rachaduras em sua casa, provenientes de um vazamento de água da via. “Os caminhões foram descarregar aqui e um deles estourou a caixa de esgoto. Com isso, a água entra dentro de casa, infiltra nas paredes e faz rachaduras como esta”, conta.
Não bastasse isso, Florentina conta também, que os buracos ao longo da via são tantos, que seu marido, que hoje tem somente uma das pernas, não consegue sair de casa sozinho por falta de mobilidade. “Nós já entramos em contato por diversas vezes com a prefeitura, mas até o momento nada foi feito. A situação do bairro é sem dúvidas a pior da cidade. Tudo de ruim acontece aqui”, desabafa.
Representante dos moradores do local, Rosa, mais conhecida como Rosa Palmeirão, descia a Rua Finlândia com muitas dificuldades. Na ocasião, ela relatou ao SeteLagoas.com.br que estava voltando da Câmara Municipal de Sete Lagoas, onde foi buscar apoio para melhoria do local. “É uma vergonha, o bairro é a entrada da cidade, deveria ser um cartão postal, mas o que acontece hoje, é que a gente vive uma situação de descaso do poder público”, conta.
Em um passeio pelo Universitário, ela aponta a Praça Maria Pedrelina da Luz, que hoje está tomada pelo mato. A situação dos matos altos também foi mostrada pela moradora na maioria das ruas. Rosa conta que por diversas vezes chegou a matar cobras e recolher diversos animais como escorpião. O problema maior, mostrado por ela, é quanto a falta de uma estrutura para que os alunos possam se locomover até a escola, tendo em vista que parte da via de acesso as escolas estão tomados por matos. “Os meninos tem que entrar no meio do mato para ir a escola. Não tem passeio e é muito perigoso eles adentrarem ali”, pontua.
Ela, assim como os demais moradores da região, chegaram a entrar em contato com o SAAE, mas até o momento ninguém deu um posicionamento sobre a situação dos esgotos e também do minadouro. Em contato com a autarquia, a assessoria de comunicação afirmou que vai levantar informações sobre a área e que dará um posicionamento até esta sexta-feira(13).
Entramos em contato com o secretário de obras, Antônio Garcia, para saber se há alguma ação referente à Operação Tapa Buracos, que possa ser feita em caráter de urgência na área, e de acordo com o secretário, amanhã será feita uma vistoria no local para avaliar o que pode ser feito no bairro.
por Cíntia Rezende