O SeteLagoas.com.br percorreu as ruas da cidade para ouvir a população e saber o que as pessoas estão achando da atual administração e quais as melhorias elas esperam de quem assumir a próxima administração, após as eleições deste ano.
Isa Fonseca, idosa, ao ser questionada, fala sobre a falta de sinalização para pedestres na região central. Ela conta que ao longo da Rua Monsenhor Messias, é uma “batalha” para conseguir atravessar. “A gente tem que contar com a boa vontade e principalmente com o bom humor dos motoristas para conseguir atravessar a rua. Eu mesma, ás vezes, perco a paciência”, afirma.
A instrutora de yoga conta que, além disso, a saúde da cidade também deve ter uma atenção especial, pois o acesso ainda está aquém do esperado, principalmente pela população idosa. “Tem muita gente pra ser atendida. Eu acho que deveriam ter mais locais, pois os postos ficam sempre cheios”, afirma.
Já para Cláudia Fonseca, a esperança é que obras que nem o Hospital Regional, o Teatro Redenção, e muitas outras, sejam concluídas. “Na minha opinião muita coisa vai ter que mudar. A cidade está muito descuidada. Eu vejo esse teatro (Redenção) e fico pensando, quando que as obras vão terminar. Dá um desânimo às vezes. Sem contar a saúde, que ainda é uma luta pra conseguir atendimento rápido”, confessa.
Mesmo apressado, o promotor de vendas fez questão de parar para conversar com a equipe do SeteLagoas.com.br. Morador do Bairro JK, ele conta que, hoje, um dos principais problemas da cidade é a falta de segurança. “Eu não falo só no meu bairro, mas os jornais mostram que o número de crimes em Sete Lagoas está crescendo a cada ano. Acredito que quem estiver à frente da prefeitura deve dar uma atenção especial para essa área”, afirma.
Outro ponto relatado pelo morador, que tem deixado motoristas e pedestres preocupados, é em relação a quantidade de buracos e a falta de estrutura das ruas. “Eu to indo ali pagar R$400 de conserto do meu carro. Um absurdo né? Mas enquanto ninguém levar esse problema a sério nada mudará. Em tom de brincadeira, ele afirma que se fosse prefeito, daria grande importância a área, juntamente com o saneamento básico. “É uma vergonha uma cidade com mais de 200 mil habitantes não ter uma política de saneamento básico”.
Rosilene Dias, que também é moradora do bairro JK, afirma que, hoje, duas gerações dentro de sua casa vivem um mesmo dilema; a falta de emprego. “Eu tenho 43 anos e tenho dificuldade em conseguir um emprego. Minha filha tem 20 e passa pelo mesmo problema. A gente escuta que são abertas várias vagas, mas na prática, eu estou há meses em busca de um emprego”, conta.
Outro aspecto apontado pela moradora é que a saúde ainda está longe de ser um setor onde as pessoas conseguem ter acesso aos serviços. “Eu vi que no ano passado foram abertos muitos postos, e o atendimento é muito bom, mas a gente fica horas e horas esperando. Para quem está doente isso é um absurdo”, acredita.
Com um olhar mais otimista, a estudante Amanda Lima, de apenas 17 anos, afirma que “Sete Lagoas é uma cidade muito boa para se viver”, porém, alguns aspectos como a violência, a falta de espaços públicos e também e a falta de estrutura nas escolas públicas, faz com que as pessoas desacreditem no município. Ela conta também que a cidade é perigosa como em todo o lugar, “mas eu acho que deveria ser mais evoluída pois as ruas estão cheias de buracos, além de outros problemas.
Por último, ouvimos Renata Macedo, que com 22 anos, afirma que há muito a se fazer na cidade, porém, boa parte do trabalho tem que vir da população, que deve cobrar dos governantes melhores condições de se viver em Sete Lagoas, além de cada um fazer a sua parte. “Não podemos depender de prefeitos, temos que cobrar mais e parar de criticar tanto. A partir do momento em que elegemos alguém a responsabilidade também passa a ser nossa”, conclui.
por Cíntia Rezende