Cerca de 83 taxistas registrados, que atuam próximo ao Terminal Rodoviário de Sete Lagoas, estão reunindo há duas semanas assinaturas para levarem à Câmara Municipal e também a Prefeitura, como forma de protesto contra o transporte clandestino na cidade, que a cada ano cresce dentro do município.
Uma cena comum para quem passa pela rodoviária é ver os motoristas gritando os nomes das cidades para as quais prestam o serviço. “Prudente de Morais, moça? Matozinhos? Belo Horizonte?”, esses são um dos questionamentos feitos pelos mais de 10 motoristas que ficam na região.
Há quatro anos trabalhando em frente à Av. Renato Azeredo, Welinton Alves, que é credenciado para prestar o serviço, conta que a situação está “insustentável”, e que a cada dia os chamados “carrapetas” estão ganhando mais espaço. Ele explica que a lei determina que os taxistas tenham direito de levar e buscar os passageiros somente em Belo Horizonte. Na prática ele afirma que além da capital, o serviço é feito para outras cidades como Inhaúma e Matozinhos, Curvelo e outras da região. “Nós temos famílias e dependemos do serviço. Não queremos que outros venham e façam esse tipo de atividade que é considerada ilegal”, conta.
O motorista chama atenção para as condições de trabalho precárias que muitas vezes são oferecidas aos passageiros, assim como o perigo do transporte ilegal para outras cidades. “Eles transitam dentro da cidade, mas quando tem uma oportunidade eles fazem as viagens para as cidades próximas a Sete Lagoas. Alguns deles tem ainda mototaxis para transporte de passageiros”, conta.
O taxista informou por último, que dentro de poucos dias o manifesto será entregue na prefeitura, para que a ação dos clandestinos seja avaliada pela Secretaria de Trânsito e pelos órgãos competentes.
por Cíntia Rezende