Os funcionários da empresa de transporte coletivo Turi, se reuniram na manhã desta quinta para discutir uma possível paralisação da categoria. Estiveram presentes na ocasião, além de funcionários da empresa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sete Lagoas, Mário Geraldo Alves, e o diretor do sindicato, Orlando Dias.
De acordo com o grupo presente na reunião, desde 2001, quando começou o transporte alternativo e as peruas na cidade, a categoria viu a dificuldade da empresa durante esse processo e sempre aguardou por melhorias de forma pacífica. Porém, eles acreditam que não podem mais esperar e que a reivindicação é necessária para a continuidade do trabalho. “Nós abraçamos a causa no decorrer dos anos, apoiamos e entendemos a empresa. Porém, até hoje nada mudou. Já nos reunimos três vezes e não chegamos a lugar algum. Eles concederam apenas o índice para os motoristas, e os cobradores ficariam com o salário mínimo”, disse Raimundo Leonardo, motorista da empresa há quase 4 anos.
O salário atual do motorista é de R$ 1100,00. Com o índice proposto pela empresa, os motoristas passariam a receber R$1166,00 e os cobradores R$ 622,00. “Nós carregamos muitas vidas, trabalhamos com responsabilidade, fazemos um esforço para cumpri o horário corretamente, pois sabemos que as pessoas precisam do transporte público. Se houver algum roubo ou batida no trânsito, os motoristas e cobradores têm que arcar com as despesas. Queremos que nosso esforço seja reconhecido”, completou Raimundo Leonardo.
De acordo com o presidente do sindicato, Mário Geraldo Alves, foi agendada uma reunião com o Ministério do Trabalho nesta sexta (04), às 9h30. Caso não haja negociação com a empresa os funcionários realizarão a paralisação dos serviços. “Queremos agir conforme a lei, dentro das normas. Estamos aguardando um retorno, mas, se a empresa não ceder, a paralisação acontecerá”, disse o motorista da empresa. “Estamos em estado de greve. Depois da reunião decidiremos sobre a paralisação”, finalizou Raimundo Leonardo.
Segundo o grupo, a empresa não aceita os reajustes com a alegação de que sofre concorrência desleal, que passará por um processo de licitação esse ano e que a falta do reajuste tarifário da passagem complica a situação. O presidente do sindicato disse que a categoria precisa pensar em seu futuro e precisa de melhorias urgentes. “Precisamos montar a comissão e trazer a data base para janeiro. A população precisa estar ciente das negociações uma vez que o resultado influencia em todo o andamento da cidade.”
Nossa redação entrou em contato com a empresa mas ninguém foi encontrado para falar do assunto.
por Juliana Nunes