Se você está caminhando pela região central da cidade para resolver os problemas de todo dia ou exercitando o corpo e, de repente, vem aquela vontade de ir ao banheiro, o que fazer? “dependendo da situação tem que andar demais ou pedir para usar o banheiro de alguma casa ou algum comércio, ou ir até a rodoviária e pagar. Já bati na casa dos outros para pedir”, é a reposta do autônomo, Maurício Gonçalves.
O problema encontrado por Maurício é também de todos que precisam usar um banheiro na região central da cidade e não encontram. A prefeitura de Sete Lagoas não mantém nenhum banheiro público fixo na cidade. Nos dias de feirinha, sexta e sábado, são instalados banheiros químicos no local. Durante a semana eles ficam trancados ou abertos sem manutenção. Os mais apertados podem pagar R$ 0,50 para usar o banheiro do terminal rodoviário. A taxa é revertida para manutenção e limpeza do local.
Jair Onésio da Silva é vendedor de água de coco no centro da cidade. Jair conta com a ajuda de um amigo quando precisa de um banheiro. “Um amigo meu trabalha aqui perto e deixa eu usar o banheiro de lá”, conta. Acostumado com vários tipos de situação Jair fala que “às vezes dá vontade de urinar na rua, não é fácil não”, afirma.
Os banheiros públicos do Parque Náutico da Lagoa da Boa Vista foram reformados recentemente e estão “praticamente prontos”, segundo a prefeitura, mas ainda sem previsão de inauguração. Donos de bares no centro também cobram R$ 0,50, de quem não está consumindo no local, para usar o banheiro sob a justifica de que vão reverter a taxa para a limpeza. A saída para os dias de caminhada no centro, quando o organismo acusar, enquanto a prefeitura não disponibiliza o serviço, é manter sempre a mão aquela moeda para não ficar no aperto.
por Marcelo Paiva