A volta dos que não foram, lavador de carros desmente boato que estaria morto

Há quem diga que uma mentira contada várias vezes acaba se tornando verdade. E uma dessas mentiras de tanto que foi contada quase “matou” uma figura muito conhecida de quem deixa o carro pra lavar nas imediações da praça Tiradentes, no centro. Benedito Leite da Silva (33), mais conhecido em Sete Lagoas com “Xerim” lava carros na região há mais de 20 anos e o sumiço do rapaz de 33 anos, por mais de um mês, deixou muita gente assustada. 

Enquanto fazia seu serviço a figura contou ao SeteLagoas.com.br como tudo começou. “Eu fiquei mais de um mês internado com pneumonia em Belo Horizonte e ninguém sabia. Quando voltei que fiquei sabendo que a turma tinha me ‘matado’ aí na rua”, conta Xerim. A confusão começou quando se espalhou a notícia da morte de um lavador de carro no centro, na mesma época em que Xerim ficou internado. Muitos motoristas de táxi do Terminal Rodoviário, onde o lavador prestava seu serviço, deram falta de Xerim e espalharam que ele havia falecido.

“Mandaram rezar até missa em intenção a ele”, conta rindo o motorista de táxi, Eli Rodrigues, que ficou assustado quando Xerim Voltou. “Estava um dia à noite aqui no ponto quando alguém bateu com a mão no meu ombro, quando olhei pra atrás era ele. Perguntei na hora: Você não tinha morrido?”. 

O lavador de carro, recuperado e muito sadio, passou susto também em professores do Instituto Regina Pacis. “Trabalho aqui na praça (Tiradentes), há mais de 20 anos, todo mundo me conhece aqui. Um dia um professor chegou pra trabalhar e quase passou mal quando me viu. Você não tinha morrido?”, ouviu mais uma vez.

Natural de Jequitibá Xerim afirma que a notícia chegou até a sua terra natal. Não se preocupando com as brincadeiras e com o fato de ter que explicar repetidamente o mal entendido o lavador se despede com uma brincadeira. “Se alguém perguntar quem lavou seu carro, fala que foi um defunto”.

Por Marcelo Paiva