Comemorado em todo mundo no próximo dia 22, o dia mundial sem carro foi um movimento que começou em algumas cidades da Europa e vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões. Trata-se de um manifesto e uma reflexão sobre os problemas, cada dia maiores, causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis, entre os quais se destaca a bicicleta.
Em Sete Lagoas o manifesto acontece há três anos com várias ações em diversas áreas, que culminam com uma “bicicletada” no próximo sábado (22). As atividades começaram com palestras em empresas sobre o uso consciente da bicicleta. Organizador do evento em Sete Lagoas, Max Tadeu Gonçalves, afirma que o dia mundial sem carro é uma questão mais complexa do que apenas pegar uma bicicleta para se locomover.
“Temos que criar a cultura do uso consciente do carro. As pessoas precisam se locomover mais de outros meios como a carona solidária, por exemplo. Muita gente pega o carro para andar três quarteirões para ir a padaria, não há necessidade”. Argumenta Max que cobra do poder público e inciativa privada mais ação para que as pessoas tenham condição de se locomover com segurança de bicicleta e transporte público de qualidade.
Além de organizar as ações do dia mundial sem carro no município, Max apresenta propostas para que para que se torne concreta a convivência harmoniosa entre motoristas e ciclistas e uma melhor distribuição do transporte coletivo.
“Se fossem criadas duas linhas de ônibus expresso na cidade com uma linha apenas na Av. Norte Sul e outra na Perimetral, sem entrar no centro, o trânsito da região já teria um ganho muito grande. E ciclistas circulariam com mais tranquilidade”, aposta.
Desde que foi criado em Sete Lagoas o dia mundial sem carro vem ganhado mais adeptos a cada ano. A iniciativa serve como um “start” para que as pessoas, poder público e iniciativa privada se conscientizem sobre a importância da mobilidade urbana. “Cidade evoluída não é onde uma pessoa de menos condição tem oportunidade de comprar um carro e sim aonde os que têm um maior poder aquisitivo possam circulam de transporte coletivo sem tanta demora e dificuldade como é hoje”, finaliza Max.
A bicicletada acontece no próximo sábado (22), pela manhã, com concentração na Praça Tiradentes, local de saída e chegada. Os ciclistas vão percorrer as principais ruas do centro, vão até a lagoa da Boa Vista, passam pela Lagoa Paulino e finalizam o trajeto, que vai percorrer aproximadamente 10km.
Por Marcelo Paiva