Sem o movimento das pernas por causa de sequelas após paralisia infantil aos seis meses de idade, Jean Dênis Riodouro, se tornou um cadeirante atuante. Falando com conhecimento de causa por sentir na pele as dificuldades de se deslocar pela cidade, Dênis se tornou líder do movimento dos cadeirantes em Sete Lagoas.
Cobrando repetitivamente mais atenção das autoridades para a questão dos deficientes, Dênis é figura fácil nas reuniões parlamentares na Câmara Municipal. E foi em uma dessas visitas ao legislativo que o cadeirante passou por uma situação muito constrangedora.
“Acabou a luz aqui e o elevador parou de funcionar. Tive que ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros, foi uma situação muito difícil”, lembra. Além do prédio público as dificuldades acontecem a todo momento. “Os pontos de ônibus não tem acessibilidade e os motoristas param no meio da rua, é difícil”, questiona.
Para o cadeirante falta boa vontade das autoridades. O legislativo se defende alegando que o prédio é antigo e que na nova Casa, onde a obra está parada, haverá acessibilidade para os deficientes. Enquanto o poder público não se movimenta e se atenta para a questão, Dênis e vários outros cadeirantes de Sete Lagoas precisarão de muita paciência e ajuda para se deslocarem na cidade.
Para Marcelo Paiva