Sete Lagoas participa do projeto do Governo de Minas, desenvolvido pelas secretarias de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e de Defesa Social (Seds) em parceria com o Poder Judiciário, para recuperação de adolescentes infratores através da ocupação e capacitação profissional. O objetivo é a reinserção destes jovens na sociedade, através de cursos profissionalizantes ministrados por meio de telecentros instalados nas unidades socioeducativas. É a educação a distância contribuindo para a transformação de jovens cidadãos.
O embrião da iniciativa foi implantado em 2009, no centro de Internação Provisória Dom Bosco – CEIP-DB, na região Leste de Belo Horizonte. Atualmente outras unidades repetem a mesma metodologia em centros socioeducativos, em Ribeirão das Neves e em Belo Horizonte.
O espaço oferece capacitação e qualificação profissional aos adolescentes privados de liberdade, por meio de cursos a distância, e serve de apoio para desenvolver diversos trabalhos integrados com propostas das disciplinas escolares. Com o sucesso da iniciativa, os parceiros estão atuando para estender a experiência e instalar telecentros nas outras 20 unidades de internação de adolescentes infratores do Estado.
Atualmente, Minas possui 487 Telecentros instalados atendendo a sociedade em diversas regiões do Estado. As salas são equipadas com laboratório de informática conectado à internet que, além dos cursos, oferecem serviços de utilidade pública e realização de pesquisas escolares. São ofertados cerca de 40 cursos gratuitos a distância em diversas áreas do conhecimento. Os alunos são certificados pela Rede de Formação Profissional Orientada pelo Mercado, projeto estruturador do Governo de Minas, coordenado pela Sectes.
O grande objetivo dessas medidas é a recuperação do jovem. Uma das prioridades é atacar pontualmente a questão da reincidência do ato infracional. Dados do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional de Belo Horizonte (CIA-BH), mostram que em 2011, 25% dos jovens apreendidos foram encaminhados ao CIA-BH mais de uma vez. Estes números revelam uma ligeira redução da reincidência nos últimos anos em Belo Horizonte.
Diante do ato infracional, o poder público tem que criar soluções para agir prontamente, para que não ocorra reincidência e também para que o indivíduo não migre para o sistema penitenciário. Um dos mensuradores das iniciativas é quando os antecedentes processuais do adolescente não apresentam mais prática de atos infracionais, indicando o sucesso na aplicação.
Da Redação, com informações de Agência Minas