Começou na Embrapa Milho e Sorgo na terça-feira (4) e segue até a próxima quinta (6), o seminário temático Fixação Biológica de Nitrogênio em plantas não leguminosas: aspectos estratégicos para a agricultura. Com os objetivos de identificar e discutir os principais gargalos científicos e tecnológicos da área, assim como os impactos da tecnologia de FBN em plantas não leguminosas no país, o evento conta com representantes de diferentes unidades da Embrapa e da iniciativa privada.
O chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, Antônio Álvaro Corsetti Purcino ressaltou a importância dos fertilizantes para a agricultura brasileira, lembrando que ela “está baseada num pilar muito frágil: o uso de insumos não-renováveis”. Ele associa a não resolução rápida dessa questão, inclusive, ao risco de o agronegócio crescer a taxas menores das que têm sido verificadas nos últimos anos.
Sidney Netto Parentoni, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Milho e Sorgo, destacou três pontos na abertura do seminário. O primeiro é que, no Brasil, o milho é a cultura agrícola que mais demanda nitrogênio para seu desenvolvimento. O segundo ponto é a percepção, cada vez mais clara dentro da Embrapa, de que a empresa é uma só e não um grupo de unidades segmentadas por tipo. Por último, Sidney citou a questão do próprio significado da sigla da empresa, que cita pesquisa agropecuária. Para ele, “a Embrapa tem que ser também uma empresa de desenvolvimento e inovação”. Finalizando, o chefe de P&D da Embrapa Milho e Sorgo lembrou o sucesso da empresa na geração de cultivares e afirmou que “uma segunda onda que acreditamos estar chegando é em relação a microrganismos”.
O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo, Jason de Oliveira Duarte, explicou que a ideia do seminário temático é conhecer melhor o estado da arte da área, identificando gargalos e oportunidades. A partir desse cenário, será possível entender melhor onde a empresa pode colaborar, tanto em termos de repassar à extensão rural a tecnologia, como em termos de política pública para o governo.
Ele disse que, ao final do evento, deverá ser redigido um documento a ser encaminhado ao governo. O documento terá caráter técnico e será baseado em três temas: produção e comercialização de inoculantes para não leguminosas; formas e época de aplicação de inoculantes em não leguminosas; gargalos e demandas de pesquisa em FBN em não leguminosas.
A importância da interação entre as unidades Milho e Sorgo e Agrobiologia (Seropédica-RJ) foi ressaltada pela chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento desta última Embrapa, Norma Gouvea Rumjanek, e pelo chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia também da Embrapa Agrobiologia, Gustavo Ribeiro Xavier. As possibilidades de aplicação da fixação biológica de nitrogênio no milho reforçam essa necessidade de as unidades trabalharem de maneira cada vez mais próxima.
A programação do seminário pode ser consultada em http://eventos.cnpms.embrapa.br/seminariofbn. Mais informações no NCO (Núcleo de Comunicação Organizacional) da Embrapa Milho e Sorgo, pelo (31) 3027-1223 ou nco@cnpms.embrapa.br.
Da Redação