Não foi preciso muito tempo para perceber que os usuários do transporte coletivo de Sete Lagoas ficaram insatisfeitos com o reajuste das tarifas. O valor de R$ 2,50 cobrado a partir desta sexta-feira, 15, deixou passageiros indignados e assustados quando ficaram sabendo que pagariam mais para atravessar a roleta.
Em aproximadamente dez minutos no ponto em frente ao CAT, um dos mais movimentados da região central, nossa reportagem flagrou pessoas que ainda não sabiam do reajuste e outras que estavam revoltadas com o aumento.
Esperando a lotação para voltar ao bairro Belo Vale onde mora, Eleni Rocha Santana, foi avisada pela reportagem do aumento da tarifa. Mesmo justificando o uso do cartão para não saber do reajuste Eleni não concordou com a nova taxa. “Não compensa não, tá muito caro agora. O problema é que a gente precisa do ônibus”, lamenta.
Moradora do bairro das Indústrias, Vânia Regina, precisa pegar a lotação para ir para o centro, onde trabalha, todos os dias. Ela conta que ficou sabendo do aumento quando saiu cedo de casa. Com várias sacolas na mão Vânia aguardava impaciente e indignada pelo ônibus para voltar ao bairro onde mora. “É um absurdo pegar o ônibus e pagar R$ 2,50. Tem gente, por exemplo, com muita sacola e menino que precisa da condução não para ir muito longe, imagina quanto vai pagar? Fora os motoristas e trocadores sem educação, tá muito caro”, esbravejou.
O longo tempo de espera é o que mais irrita Vânia Nunes, que esperava a lotação para o bairro Itapuã. Segundo ela “tá caro demais e quando chega, vem lotado. Tá muito difícil o pessoal da empresa só pensa neles, não estão nem aí para o povo”, desabafa.
O reajuste das passagens vale para o sistema convencional explorado pela Turi e também para o transporte alternativo.
Por Marcelo Paiva