O recente aumento nas passagens de ônibus do transporte coletivo de Sete Lagoas ainda vai dar pano para manga. Pelo menos se depender do Movimento Acorda Sete Lagoas, que divulga em sua conta no Facebook uma petição online (abaixo assinado), que pretende arrecadar assinaturas contra o reajuste para ser entregue na Câmara de vereadores da cidade. Para assinar, clique AQUI.
Com a divulgação do abaixo assinado virtual o grupo busca algumas respostas que justifiquem o reajuste. Foi feita uma comparação com o preço cobrado na capital na hora de atravessar a roleta. “Em Belo Horizonte o preço aumentou de dois reais e sessenta e cinco centavos (R$ 2,65) para dois reais e oitenta (R$ 2,80), um acréscimo de quinze centavos. Alguns ônibus de BH chegam a rodar, em uma única viagem de ida, mais de 25 quilômetros, ou seja, mesmo com o reajuste do preço do combustível, o aumento foi de apenas quinze centavos”, pondera o texto.
Ainda de acordo com o artigo da petição “Sete Lagoas é uma cidade com população 20 vezes menor que a de BH e também sofreu um reajuste do preço cobrado pelo transporte público: a passagem que antes era dois reais e vinte (R$ 2,20) fez um verdadeiro salto olímpico avançando para dois reais e cinquenta centavos (R$ 2,50), um reajuste que para a população é exatamente o dobro que o de Belo Horizonte. Por isso, seria prudente que alguém se manifestasse, seja o Ministério Público, a Câmara, o Executivo ou a própria empresa responsável pelo transporte público”.
Outros questões também são levantadas para cobrar um posicionamento sobre o reajuste. “A frota de ônibus de Sete Lagoas não percorre a distância que a frota de BH percorre, e sendo uma viagem muito menor, presumi-se que o volume de combustível gasto seja muito menor, correto? Segundo ponto, Sete lagoas é uma cidade relativamente mais plana que Belo Horizonte, isto é, aqui o automóvel sofre muito menos desgaste em relação a BH, considerando também o volume de passageiros. Terceiro ponto, mesmo quando a passagem era dois e vinte (R$ 2,20), o preço já era fora de mão tratando-se de uma cidade de porte médio, em que várias linhas de ônibus, deixam de circular às 22hs em bairros que nem são considerados perigosos. Então, é preciso questionar: é certo que pessoas que se desloquem de bairros próximos ao centro paguem uma tarifa que é no mínimo injusta?”
A expectativa é conseguir o maior número de assinaturas possível para que o abaixo assinado seja levado ao conhecimento das autoridades para que os questionamentos sejam respondidos.
Por Marcelo Paiva