O primeiro deles seria a falta de um local apropriado, em Sete Lagoas, para eventos que atraem um grande público, com estrutura adequada de acesso, estacionamento, iluminação, sanitários e arquibancadas. O Parque de Exposições JK, que recebeu as duas últimas edições do carnaval temporão, não agradou. “É uma área considerável, mas não para micaretas, já que há necessidade de uma pista para que os grandes trios elétricos possam se deslocar e sem levantar poeira, um dos problemas mais graves enfrentados pela organização e principal alvo de reclamação dos foliões”, explica Ricardo.
Além de um local apropriado para receber a festa, a rede hoteleira também foi criticada. Para a organização do Carnasete, há grande déficit de leitos nos hotéis para receber os turistas, o que gera altas tarifas para o período em que o evento acontece. “Os hotéis aumentam muito os custos durante o evento. A política de tarifas não é nada atrativa, o que acaba afugentar quem viria para Sete Lagoas”, conta.
Eles pretendem, através de seus revendedores e parceiros, fazer um abaixo-assinado para pressionar o Poder Público a construir uma espécie de “sambódromo” em Sete Lagoas. “O complexo poderia receber não só o Carnasete, mas outros de grande porte. A micareta é importante para a economia da cidade porque gera receitas e cria empregos diretos e indiretos”, considera Ricardo.
O retorno para a Avenida Antônio Olinto, na Praça da Estação, preferido pela maioria dos foliões, foi descartado pela organização devido aos transtornos causados aos moradores da região e também por estar próximo à área hospitalar. No entanto, o objetivo é viabilizar o do Carnasete no ano que vem. “Esperamos adaptar algum espaço caso o sambódromo não saia do papel. Infelizmente, a cidade não conta com espaços adequados”, finaliza.
O Secretário Municipal de Turismo, Carlos Afonso da Costa, lamentou a não realização do Carnasete. Segundo ele, falou melhor planejamento da organização. “É complicado conseguir um local privilegiado em cima da hora. Uma micareta dessa envergadura é preciso ser planejada desde o início do ano. A cidade perde e muito. E a culpa pela não realização certamente não é só da prefeitura”, afirmou. O secretário disse que existe estudo, apesar de ainda estar engatinhando, de construção de um complexo para abrigar eventos de grande porte em Sete Lagoas.