O comércio exterior sete-lagoano registrou, em fevereiro de 2013, em relação ao mês anterior, queda nas exportações, aumento nas importações e saldo negativo na balança comercial. Nesse mês as exportações foram menores do que o valor registrado no mês de janeiro de 2013, passando de US$ 50,72 milhões para US$ 37,84 milhões. As importações registraram aumento de 16,21% em relação ao mês anterior e o saldo da balança comercial registrou déficit de US$ 21,8 milhões.
Apesar dos resultados significativos já no início do ano, janeiro de 2013, a balança comercial de fevereiro registrou resultados um pouco aquém dos esperados. As exportações registradas foram -25,39% inferiores as registradas no mês anterior. Já na comparação com o ano anterior, as exportações foram 6,16% superiores as registradas no mesmo mês. Também as importações foram 48,65% superiores as verificadas no mesmo mês em 2012. Sete Lagoas ficou em 16° lugar do ranking dos municípios exportadores de Minas Gerais e caiu para o 81º lugar no ranking dos 2.050 municípios exportadores brasileiros. Estes resultados contribuíram para o aumento da corrente de comércio municipal em 26,25% comparando-se os meses de fevereiro de 2012 e 2013.
A reação positiva do setor guseiro em janeiro de 2013, não se manteve. O presidente do Sindicato da Indústria do Ferro do Estado de Minas Gerais (Sindifer-MG), Fausto Varela Cançado, havia pronunciado que a situação registrada no mês anterior era considerada pontual, “característica da comercialização e comportamento do mercado, pois no final do ano as negociações do mercado interno retraem aumentando o foco na exportação. No período (2012/2013) atingiu um patamar mais elevado”, afirmou. Na ocasião, Varela frisou a necessidade de acompanhar a evolução do setor nos próximos meses, na intenção de verificar se haveria tendência.
Em fevereiro a exportação do ferro fundido reduziu em aproximadamente 50% na comparação com o mês anterior. Comparando-se ao ano de 2012, também houve decréscimo na exportação do ferro gusa. Em fevereiro de 2012 foram exportados US$ 18,1 milhões oriundos do setor, em 2013 a exportação foi equivalente a R$ 13,7 milhões no período. Considerando-se a pauta houve acréscimo da participação do ferro fundido nas exportações do município, passando de 21,97% no acumulado de janeiro a fevereiro do ano de 2012 para 45,39% em igual período de 2013, alcançando variação entre anos de 119,27%. Semelhante, Minas Gerais obteve variação positiva de 42,69% nas exportações de ferro fundido no acumulado em questão, comparando-se ao de 2012. Distinto, o país registrou decréscimo de 13%, quando comparados os acumulado de 2013 e 2012 na venda do produto ao exterior.
O ferro fundido foi o principal produto exportado no acumulado de janeiro/fevereiro (aproximadamente 45% da pauta). Dentre os principais produtos da pauta de exportação, no acumulado deste ano, também estão motores (15,98%), veículos (13,21%) e chassis (6,56%) que juntos correspondem a 36% da pauta de exportações. Novamente, no acumulado do ano de 2013, a comercialização ao exterior do ferro fundido foi mais intensa que a comercialização de produtos do setor automobilístico. Vale ressaltar que no ano de 2012 os produtos relacionados ao setor de automóveis lideraram o ranking dos produtos exportados.
A situação em âmbito nacional, também não foi muito favorável em fevereiro, apesar do superávit registrado de U$S 1,27 bilhão. A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, afirma que os resultados para os produtos petrolíferos registraram queda expressiva neste período. A secretária pontua: “Petróleo e derivados contribuem de maneira importante para os resultados de fevereiro e do primeiro bimestre. Houve redução significativa de exportações e aumento importante das importações destes itens. Esse elemento nos chama a atenção. Mas ainda vivemos um momento de crise. As exportações de todas as categorias caem para todos os mercados”.
Segundo a secretária este resultado para o mês de fevereiro também tem influência do atraso na contabilização de importações de combustíveis e seus derivados pela Petrobrás. Tatiana Prazeres ressalta ainda que há sinais positivos na balança comercial, como a recuperação de preço de minério de ferro e safra bastante positiva de milho e soja, além de diversificação dos mercados para exportações.
Com informações de NEES Unifemm