A limpeza do alto da serra feita dias antes pelo Mutirão Cidadania e faixas instaladas na capela de Santa Helena pedindo consciência para que os visitantes mantivessem o local limpo não foram suficientes para que a área continuassem transitável após a tradicional festa da Santa que aconteceu no último fim de semana. Terminadas as celebrações, o local estava imundo e irreconhecível com tanta sujeira espalhada pelo chão.
O Mutirão Cidadania esteve na serra no último dia 28 e com uma força tarefa limpou toda a área. Uma das organizadoras do grupo, Marta Villefort, explica o que foi feito na serra. “Foram retiradas todas as tampinhas, papeis de bala, garrafas, pets, plásticos, pneus, camisinhas etc. Limpamos a casa para os visitantes da festa. Preocupados com a festa conseguimos patrocínio de dez tambores de 200 litros e de faixas educativas. Tudo isso alertando para a questão do lixo na Serra, principalmente por ser uma APA”, diz.
Ao voltar ao alto da serra, no dia da festa, para um trabalho de conscientização com os romeiros e barraqueiros veio a surpresa desagradável ainda no caminho. “Ao pegar a Av. Jovelino Lanza, foi um choque, ficamos mudos. Não precisava perguntar a ninguém por onde a procissão passou, era somente seguir os rastros dos copos de água jogados na rua e aos montes perto das lixeiras das casas. Em todo o percurso da Serra estavam eles, aos montes e pelos capins afora Serra abaixo e, para completar, algumas das caixas dos copos também estavam jogadas”, relata.
Ainda segundo Marta aproximadamente quatro mil copos de água foram distribuídos pela secretaria de Cultura aos romeiros. O problema é que não foi disponibilizado lixo para a demanda que foi criada, o que causou o acúmulo de resíduo. De olho em faturar com a movimentação dos fiéis os barraqueiros se esqueceram de um ponto importante e não disponibilizaram lixeiras para seus clientes, apenas três dispunham de local para armazenamento do lixo.
Apesar de um dia depois da festa garis estarem fazendo a varrição do local copos e outros lixos já tinham voado para a mata o que impossibilita o recolhimento. Caminhando a passos lentos para que as pessoas sejam mais cidadãs e respeitem o ambiente em que vivem não atirando lixo no chão, Marta cobra que o poder público seja mais atuante e se programe para o recolhimento de resíduos em eventos dessa natureza.
A secretaria de Cultura informou que durante a festa havia pessoas da Vina trabalhando no recolhimento do lixo no alto da serra. Fomos informados ainda que a limpeza pós-festa está sendo feita, nesta terça-feira, pela Vina coordenada pela equipe da Codesel.
Por Marcelo Paiva