Com um déficit estimado em um milhão de toneladas de milho em toda região central do Estado, segundo o chefe geral da Embrapa, Antônio Álvaro Corsetti Purcino, a empresa de pesquisa trabalha para desenvolver o agronegócio e diminuir a defasagem do produto. Com a instalação de uma fábrica de rações na cidade e o aumento na produção da Elma Chips a demanda pelo cereal deve aumentar ainda mais.
Diante desse quadro a Embrapa traça estratégias para que os produtores locais se desenvolvam e consigam, em breve, abastecer o mercado local, não só com milho, mas também com outros produtos do gênero. “Estamos fazendo um trabalho de formiguinha nos municípios próximos para integrar os atores responsáveis e tentar suprir esse déficit”, explica Antônio Álvaro.
O trabalho de “formiguinha” citado pelo chefe da unidade de Sete Lagoas consiste em conversas que vem acontecendo com os prefeitos da região para tratativas da diminuição das dificuldades dos produtores, principalmente com as estradas sem infra-estrutura, para que a produção se desenvolva. “Estou surpreso com a receptividade dos prefeitos para que possamos fazer um trabalho de agregar os setores envolvidos para, quem sabe, criar uma agência de fomento ou políticas públicas que facilitem a vida dos produtores”, analisa.
Uma boa oportunidade para que as conversas avancem vai acontecer entre os dias 20 e 24 de maio na semana de Integração Tecnológica, SIT, veja mais AQUI. Na abertura do evento vários políticos da região vão debater os problemas do agronegócio local. A perspectiva é de que os debates se intensifiquem e ações sobre o tema sejam propostas.
O trunfo da Embrapa para ser peça importante nesse desenvolvimento do agronegócio local é a expertise em 40 anos de trabalho de pesquisa na área, comemorados em 2013. A demanda crescente de grandes empresas por milho aliada a experiência da Embrapa e o anseio de desenvolvimento por parte dos municípios são ingredientes de uma receita que pode melhorar muito o quadro da atual produção de toda região.
Por Marcelo Paiva
