Quem por um motivo ou outro passa pela orla da lagoa da Boa Vista já percebeu que as capivaras que até bem pouco eram vistas com frequência na região estão sumidas. Os animais, 17 localizados e capturados, estão em novo endereço e podem ser vistos no Parque da Cascata. A secretaria municipal de Meio Ambiente, SEMMA, desde o início do ano, vinha recolhendo as capivaras para uma nova destinação.
O veterinário responsável pelo acompanhamento das capivaras na SEMMA, Bruno Veloso, explica que há algum tempo as reclamações de moradores da Boa Vista eram frequentes, além de alguns animais terem sido atropelados. “Pedimos orientação ao IBAMA que solicitou três projetos para a soltura adequada dos animais. O projeto de soltura no Parque da Cascata foi o que melhor se enquadrou para uma boa qualidade de vida das capivaras”, explica.
Existe por parte de alguns frequentadores do parque o medo de que as capivaras possam transmitir carrapatos e algum tipo de doença, como a febre maculosa. O veterinário não acredita que isso aconteça no parque por causa de algumas medidas. “Foi uma exigência do IBAMA também que todos os animais fossem vermifugados e os machos castrados para que não aconteça uma superpopulação. Além do mais, o risco era maior na Boa Vista porque a quantidade de pessoas lá é bem maior do que no parque”, completa.
Respaldado com documentos e com o auxílio da Polícia de Meio Ambiente e do IBAMA no processo de transferência das capivaras, o veterinário finaliza afirmando que “os animais se adaptaram bem a nova moradia e que o acompanhamento pela SEMMA será constante”.
A capivara é o maior roedor do mundo e um animal adulto pode chegar a 1,20 m de comprimento e pesar até 60 kg. A alimentação é composta de grama, capim, vegetação aquática e de algas.
Por Marcelo Paiva