Uma realidade comum nas grandes cidades do país está cada vez mais presente no dia-a-dia de quem anda pela região central da cidade. Os moradores de rua e, principalmente, os pedintes estão em todo lugar. Basta estacionar e sair do carro para ouvir alguém pedindo “um trocado” quando voltar.
Na Praça Tiradentes, que tem o movimento aumentado por causa da barraquinha de Santo Antônio nesse período, os pedintes estão por toda a parte. Assim como nos semáforos da Av. Dr. Renato Azeredo e da Norte Sul. Na rua Nestor Fóscolo, no centro, de acordo com vizinhos uma família invadiu uma casa e faz do lugar depósito de recicláveis, além de usarem drogas. Uma vizinha disse que chamou a polícia várias vezes, mas nada foi feito.
O terreno da fazenda Arizona no final da Renato Azeredo, na rotatória que fica perto do Corpo de Bombeiros, já está, novamente, servindo de casa para uma família que não tem para onde ir. Contatada, a secretaria de Assistência Social não respondeu uma solicitação sobre o que poderia ser feito com os moradores de rua e pedintes. Quando do pedido de esclarecimentos, há mais de dez dias, uma servidora se limitou a dizer que essa família (moradora da rotatória) está sendo acompanhada.
“Além de a cidade ficar feia, a gente fica com medo porque toda hora alguém pede dinheiro. E se eles começarem a roubar quando a pessoa não der um dinheiro?” O questionamento da dona de casa, Jaqueline Alves, é o de várias pessoas que sofrem com a abordagem indiscriminada dos pedintes nas ruas.
A Polícia Militar, PM, já se manifestou em outras oportunidades afirmando que nada pode fazer se a pessoa não estiver cometendo um delito. Uma campanha para que as pessoas não deem esmolas está sendo elaborada pela Assistência Social em parceria com outras entidades (veja AQUI).
Uma resposta rápida parece não ser possível, mas a secretária garante que trabalha para conter o aumento da população de rua. A responsável pela pasta, Selma Pontelo, reconhece apenas que o trabalho é “contínuo com resultados a longo prazo”.
Por Marcelo Paiva