Passados sete dias do prazo da reintegração de posse do local onde está a Ocupação Nova Aliança, foi concedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) medida liminar que suspende o preocesso no terreno localizado no bairro Ondina Vasconcelos, em Sete Lagoas.
Os ocupantes do espaço tinham até o dia 30 de maio para se retirarem do espaço, que pertence a Prefeitura de Sete Lagoas. A decisão saiu na tarde desta quinta-feira (6) – de acordo com o despacho, o cumprimento da reintegração de posse “poderá causar danos graves e difícil reparação para as famílias que residem na ocupação”, disse a nota do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), responsável pela ocupação.
Com isso, deve ser aguardado uma decisão final sobre o cumprimento da reintegração ou não, ainda pelo TJMG. O MTST aponta o apoio da deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL) e da Defensoria Pública de Minas Gerais para acontecer a suspensão do processo.
Ocupação Nova Aliança
O terreno onde está a Ocupação Nova Aliança pertence ao município de Sete Lagoas, que por força de lei entrou na justiça solicitando a reintegração de posse do local, no final de maio deste ano. Segundo a Prefeitura, o movimento está em área verde, onde estariam “poucas moradias” (cerca de dez, como apurado pela reportagem junto à setores do executivo local); a decisão indicou que os moradores tinham até o dia 30 de maio para saírem de forma pacífica, e que caso isso não houvesse, forças de segurança seriam chamadas para o cumprimento da ordem judicial.
Já o movimento social aponta que estão no local desde o ano de 2020, com 110 famílias a viverem na ocupação, que ali se instalou porque o terreno “estaria abandonado”. No último dia 24 de maio, um protesto que passou por pontos como a Praça do CAT, Prefeitura e Câmara Municipal, pedia a resolução do problema da moradia. Semanas após, um grupo de moradores conversou com o prefeito Duílio de Castro (PSB) durante o anúncio de uma obra a ser realizada no bairro Cidade de Deus.
Filipe Felizardo
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