O pesquisador Ícaro Assis, aluno do Instituto de Geociências da UFMG está realizando um questionário com os setelagoanos. Na pauta, a relação das pessoas que aqui vivem com a água subterrânea, a percepção de como o desenvolvimento urbano influencia neste recurso e o engajamento popular com pautas ambientais. As perguntas fazem parte do mestrado do pesquisador e podem ser enviadas até o dia 20 de julho.
Ícaro Assis relata que o objetivo é justamente trazer os habitantes para dentro da discussão sobre questões ambientais em Sete Lagoas. Em sua pesquisa ele busca estudar a relação dos setelagoanos com o ambiente físico em que se inserem.
As questões envolvem temas como consciência e educação ambiental, relacionamento das pessoas com a cidade e um espaço para comentários e sugestões. As respostas podem ser enviadas até o dia 20 de julho e serão mantidas em sigilo.
Para participar da pesquisa, acesse este link (clique aqui).
Outras pesquisas vêm sendo conduzidas na cidade
A pesquisa de Ícaro Assis é orientada pelo professor Paulo Galvão que coordena o Laboratório de Estudos Hidrogeológicos (LEHID) da UFMG. Paulo Galvão já realizou variados estudos em Sete Lagoas – incluindo sua tese de doutorado – e atualmente orienta outros alunos em projetos na cidade como mestrandos, doutorandos e alunos envolvidos em projetos de iniciação científica.
Segundo Paulo Galvão, um dos projetos que englobam os pesquisadores vem sendo feito desde 2021 com foco na região norte da cidade. “O objetivo principal é fazer um estudo hidrogeológico na região norte de Sete Lagoas. O produto final será apresentar uma proposta de gestão do recurso hídrico que estou chamando de preventiva”, indica Paulo Galvão.
Sobre o uso da palavra preventiva, ele explica: “É uma região [norte de Sete Lagoas] de expansão urbana e industrial. Ainda temos a possibilidade de, além de estudar a hidrogeolgia, propor um uso sustentável da água superficial e principalmente subterrânea antes da ocupação”.
Etapas como mapeamento geológico, localização de poços de bombeamento, de nascentes e de feições cársticas e medições topográficas já foram feitas. Testes de bombeamento de longa duração nos poços e estudos geofísicos locais e regionais também.
As informações abastecerão modelos geológicos computacionais dos aquíferos estudados em Sete Lagoas, sendo possível fazer simulações de cenários futuros do uso da água e prever os comportamentos dos aquíferos, propondo usos sustentáveis dos recursos hídricos em Sete Lagoas.