Em dois anos, além dos poços artesianos já existentes, a cidade deve ser abastecida com água do Rio das Velhas. Essa é a previsão de conclusão da obra de construção da Estação de Tratamento de Água, ETA, inaugurada nessa segunda-feira, 22. A estação vai custar R$ 35,6 milhões e será erguida em terreno de aproximadamente dez mil metros quadrados na cidade de Funilândia, ponto mais próximo do Rio das Velhas com Sete Lagoas.
Treze quilômetros de adutoras com tubos de aço galvanizado de 600 mm com capacidade de 500 litros por segundo serão responsáveis por transportar a água do rio até a ETA. Outros 13 quilômetros de adutoras, com mesma capacidade, levarão a água, já tratada, da ETA, a 12 resevatórios de distribuição em Sete Lagoas nos bairros Aeroporto, Brasília, CDI, Iporanga, Itapoã, JK, Mangabeiras, Montreal, Nossa Senhora de Lourdes, Planalto, São Cristóvão e Venceslau Brás, antes de ser distribuída aos consumidores.
Os prefeitos Marcio Reinaldo, Zé da Gurita, de Funilândia, representantes da empresa Collett e Sons (responsável pela obra), vereadores, secretários e autoridades das duas cidades participaram da solenidade de inauguração das obras e desceram a placa que marca a construção. A expectativa depois de terminada a obra é que com o sistema misto, por poços e água do rio, os problemas com desabastecimento terminem, pelo menos pelos próximos dez anos.
“Sete Lagoas precisa dessa água. Conseguimos a outorga para 500 litros por segundo, mas já estamos trabalhando para aumentar esse volume porque daqui a dez anos o volume necessário será três vezes isso.” Acredita o prefeito Marcio Reinaldo que já tem em mãos um pedido da Ambev para usar mais água e também a possibilidade de instalação de mais uma empresa de bebidas na cidade.
Outro benefício citado pelo prefeito com o abastecimento de água pelo Rio das Velhas é a manutenção e o reabastecimento dos lençóis freáticos. “Hoje a cidade é abastecida por poços tubulares profundos. Com o sistema misto vai acontecer uma preservação maior desses equipamentos que não serão usados em sua capacidade máxima”, afirmou Marcio.
Os recursos gastos na obra são provenientes de financiamento do município com o Banco Nacional de Desenvolvimento, BNDES, e recursos próprios do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, SAAE. A previsão de conclusão é de dois anos.
Por Marcelo Paiva