As obras de construção do galpão de compostagem no bairro Cidade de Deus foram iniciadas na última semana. De acordo com o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Sete Lagoas – CODESEL, Magela Martins, havia o risco do município perder o prazo e, consequentemente, o recurso para a construção do galpão. Porém, a CODESEL apresentou toda a documentação exigida e o projeto foi aprovado pela Caixa Econômica Federal.
O valor total da obra com equipamentos é de R$ 423.913,04, com repasse do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na ordem de R$ 390.000,00 e contrapartida de R$ 33.913,04. Além da obra de construção serão adquiridos triturador de galhos e resíduos florestais; esteira com lona em V, para granel; carreta de chapa com capacidade de três toneladas; e trator agrícola.
A compostagem é um processo de transformação de matéria orgânica, encontrada no lixo, em adubo orgânico. É considerada uma espécie de reciclagem do lixo orgânico, pois o adubo gerado pode ser usado na agricultura ou em jardins e plantas. É realizada com o uso dos próprios microorganismos presentes nos resíduos, em condições ideais de temperatura, aeração e umidade.
O novo galpão vai atender quem trabalha com reciclagem, produtores rurais e as hortas comunitárias. O coordenador de projetos da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, Elto Sávio Rezende Dutra, explica que o consumo atual de esterco tem sido de no máximo 3m³/quadra/ano, justamente em função das dificuldades de obtenção deste insumo para os produtores das Hortas Comunitárias.
“A recomendação é de 18m³/quadra/ano, o que representaria um volume de 7.578m³ de esterco/ano para a área total. Com a implantação da Central de Compostagem, os produtores serão capazes de fazer a aplicação recomendada m³/m², transformando a olericultura tradicional em orgânica e aumentando a produtividade e lucratividade no setor agropecuário”, esclarece.
Também a diretora do departamento de Agropecuária da Secretaria de Desenvolvimento e Turismo, Ariane Santos, explica que a Central de Compostagem tem como base a grande necessidade de esterco para as hortas comunitárias e pequenos produtores, uma vez que o seu preço é muito alto. Considerando a dificuldade de atender a demanda que é grande, a Central de Compostagem vem com o objetivo de minimizar essa necessidade, “inclusive, aproveitando o resto de podas e de capinas. Com a busca desse objetivo, a produção terá um preço mais acessível”, comemora.
A previsão de conclusão das obras é para o fim de outubro. Para a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Mônica Vasconcelos, a compostagem tem um aspecto fundamental que é a questão do impacto ambiental, porque ela absorve podas de árvores que seriam descartadas.
Com informações de Ascom Prefeitura