Os golpes telefônicos têm sido cada vez mais frequentes no Brasil. A cada sessenta minutos, mais de quatro mil brasileiros já sofreram alguma tentativa de golpe financeiro, seja por meio de aplicativo de mensagem ou de ligações telefônicas. Esses dados são de levantamento feito pelo Datafolha, a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Jardel Garcia, professor da área de Tecnologia da Informação da Faculdade Una Sete Lagoas fornece algumas dicas para que você não seja a próxima vítima.
Outra pesquisa recente da plataforma de conteúdo Mobile Time em conjunto com a empresa de pesquisas Opinion Box, que entrevistou 2.125 pessoas, apontou que a cada quatro indivíduos, três foram alvo de pelo menos uma tentativa de golpe por telefone. Destes, 68% afirmaram receber esse tipo de ligações “algumas vezes por ano”. Alguns informaram serem foco desse tipo de contato todos os dias ou algumas vezes por semana (13%). O problema atinge todos os usuários de telefonia celular, independentemente da idade, classe social ou localização geográfica.
O professor Jardel Garcia orienta o que fazer quando receber uma mensagem ou ligação suspeita:
“Se possível, nem sequer atenda. Principalmente se for um número muito estranho. Mas, se atender, nunca forneça informações pessoais ou bancárias. Bancos não ligam pedindo informação”.
Nesses casos, o docente recomenda entrar em contato diretamente com o banco utilizando os números oficiais disponíveis no site da instituição ou em documentos oficiais. “Informe a instituição sobre a mensagem ou ligação suspeita para que eles possam tomar medidas adequadas e alertar outros clientes”.
Os próprios aplicativos bancários têm informações e portais onde denunciar atividades suspeitas. Mantenha essas informações sempre à mão”, complementa.
O especialista também recomenda bloquear o número para evitar futuras tentativas de fraude.
A importância da denúncia
As pessoas que, infelizmente, tenham sido vítimas de golpe, devem entrar em contato imediatamente com a instituição financeira, conforme enfatiza o docente. “Eles possuem departamentos especializados para lidar com essas situações. Registre também um boletim de ocorrência na delegacia de crimes cibernéticos ou na delegacia comum da sua cidade”.
Isso é importante, pois nunca se sabe o que um golpista pode fazer em seu nome, e o rápido registro do boletim contará a seu favor em caso de mais fraudes. Em alguns casos, o Procon também pode ajudar com orientações e ações contra o golpe. Utilize ainda as plataformas de denúncia de golpes e fraudes, como os sites governamentais ou de organizações de proteção ao consumidor. Na dúvida, sempre contate um profissional para ajudar, mas aja rápido”.
Segurança
Jadel destaca a necessidade de uma cultura contínua de cibersegurança.
“As táticas dos golpistas evoluem muito rápido, portanto, é preciso se manter atualizado(a) sobre as novas ameaças e práticas recomendadas de segurança. Consuma conteúdo sobre o assunto, leia artigos sobre segurança da informação”.
O especialista ressalta que segurança é uma responsabilidade compartilhada e cada ação preventiva conta.
“Seja cauteloso(a) ao compartilhar informações pessoais e bancárias, mesmo com pessoas conhecidas, e ensine familiares e amigos sobre a importância da segurança digital e as práticas a serem adotadas. Mesmo para as crianças, é essencial que hoje elas já cresçam sabendo disso, afinal já nasceram em tempos de cultura digital. Mantendo uma postura proativa, você pode reduzir muito o risco de cair em golpes bancários ou de outras naturezas”.
Da Redação com Faculdade Una de Sete Lagoas