A Infraero começa a colocar em prática um projeto para evitar colisões entre aves e aeronaves, como parte do programa Gestão do Perigo da Fauna Aeroportuária. Somente em 2012 a aviação civil brasileira registrou 1.540 registros de colisões entre aves e aeronaves, conforme dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Em Confins foram 23 ocorrências e na Pampulha, 22. Grande parte das ocorrências envolviam quero-queros, urubus, carcarás e corujas. O projeto nos aeroportos de Confins e da Pampulha utilizará o método da falcoaria, onde são utilizadas três espécies de aves de rapina – duas de falcões – o quiri-quiri e o falcão-de-coleira; e uma de gavião, conhecida como gavião-asa-de-telha – para afastar as demais aves. O treinamento de cada ave utilizada na ação dura em torno de 20 e 40 dias.
De acordo com a assessoria de imprensa da Infraero, as aves são atraídas pelo lixo acumulado e não descartado corretamente. A falcoaria reduz a presença das aves, tanto pela captura quanto pela mudança de comportamento, quando as aves passam a evitar o aeroporto com a presença dos predadores.
A proposta prevê que os animais que sejam capturados, através de armadilhas, sejam soltos nos municípios localizados no entorno da capital, como Sete Lagoas e Brumadinho, conforme indicações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Além dos dois terminais mineiros, utilizam a falcoaria os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, de Vitória, no Espírito Santo e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Com informações de O Tempo