Tido como vilão em junho, o ferro gusa reagiu e contribuiu para o forte crescimento nas exportações do mês de julho em Sete Lagoas. Pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos e Sociais (NEES), do Centro Universitário de Sete Lagoas – UNIFEMM, registrou um aumento de 150% nas exportações de julho em comparação ao mês anterior. Por outro lado, no mesmo período as importações sofreram uma queda de 1,9% e, apesar destes resultados, o saldo da balança comercial fechou negativo, com déficit de US$23,48 milhões.
Os números foram surpreendentes. As exportações saltaram dos US$23,6 milhões em junho, para US$59,3 milhões em apenas um mês. Este aumento está diretamente ligado ao crescimento nas vendas do ferro fundido, que em julho contabilizou US$18,7 milhões. As importações apresentaram uma pequena queda e passaram de US$84,39 milhões para US$82,78 milhões em julho. Nos sete primeiros meses de 2013, as exportações contabilizam US$327,17 milhões, contra US$557,14 milhões em importação. O saldo negativo no ano está em US$230,07 milhões.
Após este resultado, o ferro gusa volta a ter uma importante fatia na pauta de exportação de Sete Lagoas. No acumulado de janeiro a julho, o produto representa 35,79% das exportações, atrás apenas do setor automotivo, com 44,21% das vendas externas. Mesmo com este crescimento, no balanço de 2013 a cidade se manteve na 16ª posição no ranking dos municípios exportadores de Minas Gerais.
A Argentina continua como a principal parceira comercial de Sete Lagoas. O País foi destino de 45% dos produtos exportados, seguido dos Estados Unidos, com 12,65%. Nas importações, a principal origem foi a Itália, que já acumula em 2013 54,26% da pauta.
NEES Unifemm