A aparição de um pirarucu morto boiando na Lagoa Paulino no fim da manhã desta terça-feira (15) chamou a atenção dos moradores. O animal, natural da região amazônica do país, foi avistado por populares já sem vida boiando no espelho d’água.
A presença de pirarucus na Lagoa Paulino é algo que vem chamando a atenção dos moradores há alguns anos. O peixe gigante originário da Amazônia não é nativo da região e foi introduzido artificialmente na lagoa.
De acordo com o biólogo Ramon Lamar, em texto publicado no ano de 2017, foram registrados casos de morte desses peixes devido a fatores ambientais, principalmente relacionados à baixa temperatura da água, que prejudica sua sobrevivência, já que o pirarucu é muito sensível a temperaturas mais frias
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A oscilação na temperatura da água, que chegou a cair abaixo de 20°C, foi uma das principais causas das mortes observadas na lagoa nos últimos anos. Isso afeta o nível de oxigênio e provoca estresse respiratório nesses peixes, que dependem de respiração aérea. Esse fenômeno é conhecido como inversão térmica, onde a matéria orgânica do fundo da lagoa sobe e consome oxigênio, agravando a situação.
A origem exata dos pirarucus na Lagoa Paulino não está completamente clara, mas acredita-se que tenham sido colocados ali como parte de iniciativas locais ou solturas inadequadas. Hoje, apesar de ser um espetáculo inusitado para os moradores e visitantes, o pirarucu sofre com as condições desfavoráveis do clima local, que não são ideais para sua sobrevivência.