Uma espécie de fumaça ainda não identificada tem atormentado os moradores do Bairro Vapabuçu. O fenômeno ocorre, há muitos anos, segundo os moradores, em especial nesta época de junho a outubro quando o tempo está mais seco. Uma espécie de névoa densa se acumula principalmente na área ao redor da Lagoa do Vapabuçu e faz com que o ar fique mais pesado dificultando a respiração dos moradores de casas próximas.
A moradora Amanda Valentino conta que uma “grande quantidade de fumaça “brota” do chão e este fato ocorre em especial à noite quando o orvalho juntamente com a baixa temperatura faz com que o ar fique insuportável”, como descreve a moradora.
Outra moradora, Jordânia Correa, conta que muitas crianças e idosos começaram a apresentar problemas respiratórios e a suspeita é que a fumaça seja uma das causas. “Este é um problema que vem sendo recorrente nos últimos anos, por se tratar de uma lagoa “morredoura” em épocas de estiagem a mesma seca e as plantas aquáticas ficam cobrindo toda a extensão da lagoa” conta Amanda, que também suspeita que a fumaça possa ser causada por “moradores e usuários de drogas que colocam fogo nesta área, por ser um local ermo”.
Uma das questões que dificultam a resolução do problema é a não identificação da origem da “fumaça”. Amanda conta que chegou a acionar o Corpo de Bombeiros que informou que “nada pode fazer, uma vez que se a prefeitura não ceder uma máquina e o SAAE não entrar com vários caminhões pipa a presença deles não causará efeito”.
Segundo Jordânia Corrêa os moradores seguem sem respostas “já entramos em contato com o Meio Ambiente, secretaria de Saúde e Corpo de Bombeiros e fica um jogando para o outro e nada se resolve”, desabafa a moradora.
A secretaria de Meio Ambiente ainda não tem uma definição sobre o fenômeno que tem ocorrido próximo a Lagoa do Matadouro, também conhecida como Vapabuçu, segundo Pedro Figueiredo, engenheiro agrônomo da secretaria, uma das hipóteses levantadas é que a “fumaça” seja um tipo de gás semelhante ao metano originário de “combustão espontânea de matéria orgânica que é farta no local”.
Segundo o engenheiro, na próxima semana uma equipe técnica da secretaria deve ir ao local para realizar análises. Pedro também levanta a opção de que seja apenas incêndio criminoso e que o início não seja visto pelos moradores devido ao difícil acesso a área, que apesar de compor uma das Sete Lagoas que nomeia a cidade é pouco visitada e valorizada.
Por Nayara Souza.