Está sob risco médio o nível de infestação do mosquito Aedes aegypti em Sete Lagoas. É o que informa a Secretaria Municipal de Saúde através do último estudo de LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti), realizado na última semana de outubro. Mesmo assim, a cidade precisa manter o alerta para evitar novos surtos de doenças como dengue e chikungunya.

O índice foi de 2% em todo o município – o ideal é que esteja abaixo de 1%, de acordo com o Ministério da Saúde. Realizado entre os dias 21 e 25 de outubro, o estudo aponta 23 bairros com maior infestação (confira lista abaixo). “Em alguns bairros a infestação chegou a 4,2%, colocando as localidades da região em alto risco”, afirma o técnico em Vigilância em Saúde com Ênfase no Controle de Endemias da Prefeitura de Sete Lagoas, Adriano Marcos Pereira de Souza.
Sete Lagoas viveu, entre o final de 2023 e o início de 2024, uma epidemia de chikungunya, colocando a cidade entre as maiores do estado com casos da doença e mortes. De acordo com o município, em 2024, 15.612 casos suspeitos de Dengue e 21.434 casos de suspeitos Chikungunya, nenhum caso suspeitos de Zika Vírus.
O LIRAa aponta que são as residências como grande foco dos mosquitos: bebedouros de animais, vasos e pratos de plantas, tambores e reservatórios de água localizados ao nível do solo, seguidos pelos inservíveis (lixo, garrafas, latas e recipientes plásticos), ralos, calhas e caixa de passagem. “Todos devem ficar atentos e evitar os focos de água parada na sua residência. Converse também com vizinhos, parentes para que todos façam o mesmo”, enfatiza Adriano.
Em Sete Lagoas, informações podem ser vistas Centro de Controle da Dengue (31 3771-6532) ou pelo Disque-Dengue (160).
Confira os bairros afetados com maior infestação:
Interlagos II, Jardim Europa, Jardim Arizona, Boa Vista, Ondina V. de Oliveira (Cidade de Deus), JK, Interlagos I, Montreal, Santa Luzia, Centro III, Santa Eliza, São João I, Glória, Nova Cidade, Orozimbo Macedo, Jardim Primavera, Vila Brasil, São Geraldo, Alvorada, Nossa Senhora do Carmo I, Nossa Senhora do Carmo II, Centro II e Barreiro de Cima.
Como se prevenir
O período chuvoso é quando o Aedes aegypti encontra as melhores condições para se reproduzir, por ser a época mais propicia ao acumulo de água parada. Além de manter os quintais limpos, ou seja, livre de objetos que possam acumular água e servir de criadouros para o mosquito, as pessoas que apresentarem dois ou mais de sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, nas juntas ou abdominal devem procurar a unidade de saúde mais próxima da sua casa.
Confira outras dicas:
- Mantenha os tambores sempre tampados, é um dos criadouros que mais encontra foco do mosquito em nosso município;
- Retire os pratinhos dos vasos de plantas ou coloque areia neles e não deixe que água se acumule nas folhas das plantas;
- Lave as vasilhas de água dos seus animais domésticos semanalmente com água, bucha e sabão.
- Verifique se há algum ralo entupido ou caixa de passagem na casa e mantenha todos fechados quando estiverem fora de uso.
- Retire folhas e outros tipos de sujeira que impeçam o fluxo da água nas calhas;
- Mantenha a caixa d’água sempre limpa e tampada;
- Guarde as garrafas e baldes vazios de cabeça para baixo, galões, tonéis e latas devem ser mantidos vedados.
- Pneus devem ser guardados em locais cobertos, onde não fiquem expostos a chuva;
- Limpe sempre as bandejas de geladeira, umidificador e do ar-condicionado, retirando a água acumulada;
- Se você tem piscina em casa, limpe-a semanalmente e aplique cloro.
- Evite acumular lixo e entulho no quintal. Na hora do descarte feche bem os sacos e mantenha a lixeira tampada;
- Puxe com rodo qualquer poça d’água acumulada sobre lajes sem telhado.