Cerca de 107 profissionais formados no Brasil foram selecionados para o programa Mais Médicos em Minas. Porém, mais da metade desistiu de participar do programa ou foi dispensada pelas prefeituras antes do início do trabalho.
De acordo com informações do Ministério da Saúde dos 72 bolsistas designados para o estado na primeira etapa do programa, apenas 37 assumiram o cargo (51,4%). Conforme levantamento feito pelo Jornal Estado de Minas, dos 35 escolhidos, somente 15 (42,8%) estão trabalhando ou confirmaram participação na segunda fase do programa.
A data limite para que os profissionais se apresentassem era segunda-feira, 16, ou seriam desligados do programa. Dos 35 bolsistas que deveriam ter ido para 21 prefeituras, segundo a lista divulgada pelo governo, 14 informaram que desistiram ou não apareceram nem deram explicação. Outros seis foram dispensados pelos gestores municipais.
Em Sete Lagoas, uma profissional chegou a confirmar participação à coordenadora de Atenção Primária da Secretaria de Saúde, Sueli Barbosa, mas desistiu em seguida.
O programa “Mais Médicos” do governo federal, criado para tentar atender a demanda de falta de médicos nos municípios brasileiros previa o envio de dois profissionais para Sete Lagoas. A cidade foi aprovada no cadastro de cidades que expressaram a necessidade por mais profissionais.
No início dos cadastros o secretário de Saúde e gestor do SUS, Breno Simões, chegou a estimar que fossem recebidos pelo município 18 médicos, o que não se concretizou. São constantes na cidade reclamações sobre a falta de médicos, principalmente, nos Postos de Saúde da Família, PSF, dos bairros.
No programa, as prefeituras são responsáveis pelo deslocamento e moradia oferecida ao profissional. A administração municipal pode optar por pagar auxílio moradia ou ceder algum alojamento. O profissional receberá ajuda de custo, para compensar eventuais despesas de instalação, e um auxílio do município para alimentação. O governo federal oferece aos profissionais uma bolsa no valor de R$10mil e uma especialização em Atenção Básica durante três anos.
Da Redação