Seis anos após, Sete Lagoas conclui a obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) localizada no bairro Tamanduá. Com investimento total de R$ 130 milhões, agora, a cidade deixa de ser uma das maiores poluidoras do Rio das Velhas.
A entrega foi realizada na manhã desta terça-feira (17) com a presença do prefeito Duílio de Castro (PSB), do vice (reeleito) Euro de Andrade (Rede) e representantes dos governos federal, estadual, Caixa Econômica Federal e o presidente da Câmara Municipal Caio Valace (PDT) – o pai do edil, Antônio Valace de Oliveira Silva, dá nome ao empreendimento público de mais de 110 mil m2.
A ETE está em fase de pré-operação, com obras a serem finalizadas e aguardando licença de funcionamento do estado. De acordo com os realizadores da obra, a capacidade de depuração da estação será maior do que a captada pela Estação de Tratamento de Água (ETA) Rio das Velhas, em Funilândia. “Este era um sonho de Sete Lagoas e todas as cidades banhadas pelo Rio das Velhas. Hoje damos um exemplo ao atingir o Marco do Saneamento Básico, previsto para 2033, com tanta antecedência”, afirma Duílio.
Foram três gestões federais que permearam a construção da ETE: iniciada no período Michel Temer (MDB), em 2018, a obra teve paralisação por conta de desacerto com a primeira construtora do projeto. Ela foi retomada em 2020, com Jair Bolsonaro (PL) no comando e está sendo entregue já no governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT). “Sem dúvida é uma das maiores obras inauguradas de projetos entre o Governo Federal e prefeituras. O saneamento básico é a preocupação número um. Inauguramos obras com esta proposta em todo o Brasil, mas esta é uma das mais importantes devidos ao seu poder de despoluição para toda região”, comenta Jaderson Nogueira Braga, gerente de Assuntos Federativos da Presidência da República.
“Toda cidade grande e evoluída tem que cuidar do seu saneamento básico. Nunca mais seremos lembrados como os maiores polidores do Rio das Velhas”, disse o vice-prefeito Euro de Andrade.
A ETE Tamanduá tem um sistema de interceptação unificando o esgotamento sanitário, com capacidade inicial é de 510,73 litros por segundo. O empreendimento tem uma única unidade para atender às duas bacias hidrográficas da cidade. O sistema de tratamento conta com seis novos interceptores, perfazendo aproximadamente 31 km. O tratamento do esgoto sanitário será em duas fases, uma anaeróbica, constituída por reator do tipo UASB, e outra aeróbica, composta por filtros biológicos percoladores e decantadores secundários.