Primeiro, os cumprimentos aos colegas às 14hs, depois uma oração e na sequencia lá vão eles com pranchetas nas mãos para mais um dia de trabalho no Hospital Municipal. Há 16 anos e meio essa é a rotina dos colaboradores da Associação das Voluntárias do Hospital Municipal (Avhom) que, apesar do nome, também recebe homens com trabalhadores. As atividades acontecem sempre em equipes e de segunda a sexta-feira até às 17hs.
As mulheres vão sempre muito elegantes com o uniforme rosa como manda o estatuto da associação. Para os homens, basta uma camisa, também rosa com a marca da Avhom, e uma calça jeans mesmo. Nas pranchetas estão as informações e os nomes dos pacientes que serão visitados naquele dia.
Já no hospital, os voluntários percorrem os leitos e verificam as necessidades de cada paciente. “Eles (voluntários) vão, observam o que cada paciente precisa e voltam para buscar”. Quem explica é a pedagoga e presidente da Avhom, Vanessa Cristina Pereira de 44 anos, que nos últimos nove dedicou parte do tempo a associação assim como outras 80 pessoas.
Entre os voluntários estão professoras, donas de casa, e pessoas com as mais diversas formações que buscam no trabalho voluntário apenas ajudar ao próximo. “É muito gratificante quando você ouve de alguém um Deus lhe pague ou muito obrigado”, conta Vanessa.
O trabalho é desenvolvido a partir de um acordo com a diretoria do Municipal e secretaria de Saúde que abrigou a associação em uma casa na Rua Margarida Cotorna, 746, onde funciona um setor de manutenção. “A gente tem um manual para os voluntários com cuidados e normas hospitalares para que todos saibam lidar com as situações”, explica a presidente.
A Avhom faz todos os tipos de doações para quem está internado e necessitando de ajuda. Desde uma palavra amiga, passando por material de higiene pessoal até empréstimo de cadeira de rodas e muletas. Como o atendimento no hospital é pelo Sistema único de Saúde, SUS, é muito grande o número de pessoas com algum tipo de necessidade.
Para ajudar, a associação precisa ser auxiliada porque vive apenas de doações. Como alguns médicos e empresários doam medicamentos, na sede foi montada uma farmacinha onde qualquer pessoa com a receita em mãos tem o medicamento, desde que tenha em estoque. “A gente precisa muito dos remédios de uso contínuo para hipertensão e diabetes”, pede Vanessa. Nimesulida, Paracetamol, Dipirona e Omeprazol estavam em falta quando fomos conhecer a Avhom, na sexta-feira, 11.
Na garagem da casa foi montado um bazar onde são vendidas peças de roupas também vindas através de doações. Para ser voluntário, o interessado precisa doar R$ 5 por mês e passar por um período de adaptação. Qualquer pessoa que se interessar pode fazer parte do trabalho, basta querer ajudar.
Na semana das crianças, os pacientes da pediatria foram presenteados com brinquedos arrecadados. “A gente bate de porta em porta e pede mesmo. Graças a Deus somos muito recebidos”, agradece Vanessa. Para que a Avhom continue ajudando os pacientes do Municipal sua ajuda, com trabalho ou doações, é muito importante.
No telefone 3776-5411 ou no e-mail avhom@hotmail.com quem quiser pode conhecer e participar do trabalho desenvolvido pela associação. Além de não ter dinheiro que pague, “a sensação de ajudar o próximo faz muito bem”, confessa a voluntária Rosângela Bambirra.
Por Marcelo Paiva.