A mulher acusada de ter abandonado o filho em Sete Lagoas conta a sua versão da história. Ela afirma que não teria largado o garoto para viajar e aponta o pai do menor como responsável de uma armação.
Ela relatou para a reportagem do SeteLagoas.com.br que, diferentemente como relatado pelo outro responsável, o pai pegou os filhos na sexta-feira (27), enquanto ela viajou com o atual companheiro para a praia.
A mulher mostrou prints de conversas no WhatsApp, que também correm os mensageiros e grupos de conversa na cidade: pai e mãe da criança teriam um trato, onde o menor ficaria com ela no Natal, e com ele no Ano-Novo.
A mãe da criança afirma que, pelo fato dela não ter chegado em Sete Lagoas no dia 1º de janeiro, o homem teria deixado o filho com a avó paterna por volta das 10h30. A tia da criança, ainda segundo a mãe, teria passado na casa da parente para buscar a criança, avisando a ela por ligação.
“Ele [o pai] ligou pra tia dele, mandou o meu filho descer [no que seria para a casa da mãe] e acionou a Polícia e o Conselho [Tutelar]. Eu não deixei ele sozinho. O pai mandou ele descer, acionou o Conselho falando que [o menino] tava sozinho. Só que na verdade quem deixou [o menino] com a avó foi ele. Eu entreguei para ele as crianças na sexta à tarde”, conta a mulher.
“Não tinha ninguém trancado, e nem em casa. O pai já fez de má-fé para eles [o Conselho Tutelar] chegar e o menino estar lá. Mas na verdade ele não estava na avó nem na casa trancado”, afirma.
A mulher ainda afirmou que, quando chegou de viagem foi diretamente no Conselho Tutelar para ver a situação e aponta que nem o órgão e Polícia a procurou sobre o caso. Ela disse que irá buscar já na segunda-feira (6) a apuração dos fatos.
O caso
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o pai informou que o filho estava sozinho em casa há cerca de dois dias, enquanto a mãe estava em viagem.
Ele teria levado o garoto para a avó paterna cuidar, e como ela não tem interesse no cuidado da criança (porque de acordo com ela, o menino ‘não a obedecia’), o menor ficava na casa da mãe, já que moram na mesma rua.
Ainda de acordo com o relato, o pai disse que a mãe do garoto não chegou no dia combinado, tendo acionado o Conselho Tutelar. O garoto ficou na casa da avó paterna até a situação ter sido resolvida.