Funcionários de uma empresa de call center de Sete Lagoas vivem a apreensão e revolta de não receberem salários e acertos prometidos pela instituição após a virada de ano. Eles buscam resposta para a situação, apesar do silêncio por parte do empreendimento.
Uma funcionária relatou que está a 11 meses no local. Ela teve o contrato encerrado em dezembro, já que a empresa relatou que estaria encerrando as atividades no dia 31 de dezembro, e que o cumprimento de aviso prévio seria feito até o dia 27 – inclusive naquele dia foram entregues os exames demissionais e crachás.
“Conforme a lei, a rescisão tem que ser paga 10 dias após assinar o aviso. Porém, quando foi cobrado sobre a rescisão, simplesmente falaram que ainda estávamos de aviso [prévio] trabalhado em casa”, afirma a funcionária. Inclusive, ela aponta que não recebeu o salário do mês de janeiro: “Todos os funcionários simplesmente ficaram sem seus pagamentos, não informaram nada. Deixaram vencer para recebermos integral, no quinto dia útil. E simplesmente não temos pagamento”.
Revolta com pouco caso
Uma outra funcionária relatou para o SeteLagoas.com.br a tristeza em ter dedicado anos ao trabalho e receber a informação que receberia acertos apenas no fim de janeiro.
Ela, que atua na unidade de Matozinhos, foi comunicada do encerramento das atividades naquela cidade e de todo o procedimento demissional que seria realizado. Para a sua surpresa, no dia 2 de janeiro, recebeu uma mensagem da empresa de call center de que deveria voltar ao trabalho porque a unidade só teria fechado durante as festas de fim de ano – e a funcionária já tendo devolvido crachá, cartão de transporte e tendo entregue o exame demissional.
“Retornei para empresa para cumprir o restante do aviso, e ontem [terça-feira, 7 de janeiro] era dia de pagamento não o fizeram. Hoje [quarta-feira, 8], depois de muitas mensagens tentando contato com o Departamento Pessoal da empresa, fomos simplesmente informados que a empresa passou por um momento financeiro e a previsão do pagamento que era ontem será dia 30/01”.
O SeteLagoas.com.br teve acesso as mensagens que relatam o comunicado da empresa. “Eles já sabiam dessa situação e só informou hoje depois de já ter o atraso. O caso das outras meninas que encerraram no dia 27/12, a rescisão que deveria ser no dia 06/01 não aconteceu”, disse.
Agora, os funcionários aguardam o parecer do call center, apesar de reclamarem da falta de informações. “Tentamos respostas com todos: chefes incluindo o Departamento Pessoal. Ninguém dá um parecer real de fato do que está acontecendo”, afirma uma outra funcionária, que atua em Sete Lagoas.
“Imagina, como que eu vou passar um mês inteiro sem dinheiro? Sem resolver minhas pendências e a empresa simplesmente agir dessa forma e ainda expor que está contratando funcionário?”, revela uma outra agente.
A reportagem do SeteLagoas.com.br entrou em contato com a empresa e aguarda retorno. Em caso de resposta, a matéria será atualizada.