A ameaça de paralisação dos funcionários da Turi por questões salariais está deixando os usuários do serviço temerosos sobre as reais intenções do movimento. A reportagem do site SeteLagoas.com.br esteve no Terminal Urbano e em conversa com alguns usuários, que utilizam diariamente o transporte coletivo, boa parte acredita que se trata de uma ação para forçar um aumento da tarifa do ônibus.
Atualmente em R$ 4,85, as ameaças ganharam força nesta primeira quinzena, apesar de o contrato entre a Prefeitura e a Concessionária do serviço estar sendo rigorosamente cumprido conforme informação da Prefeitura de Sete Lagoas. Um possível aumento só poderá ocorrer mediante decisão do Judiciário, que analisa estudo feito sobre o plano tarifário. Enquanto isso, o caso segue sub judice.
Para Juarez Santana, morador do bairro Nova Cidade, o usuário não pode arcar com a falta de compromisso da empresa com seus funcionários. “Isso é pressão pra aumentar passagem. Se a gestão vai mal, o usuário que paga. Não concordo com as ameaças, o transporte é coletivo e a questão deve ser resolvida pela Turi e seus colaboradores”, afirma.
A manicure Ana Paula Soares segue a mesma opinião. “É sempre assim. O calo apertou, aumenta passagem. A população não pode pagar por uma briga entre empregador e empregados. E o serviço, até resolvida a questão, não pode parar”, considera. Os moradores foram ouvidos no Terminal Urbano de Sete Lagoas.
ENTENDA
Uma Comissão Especial foi instituída pela administração municipal através da Portaria nº 16.692, de 4 de junho de 2024, com o objetivo de realizar estudos detalhados sobre a tarifa praticada no transporte público. Esses estudos, somados a análises técnicas e documentos apresentados pela concessionária, foram submetidos ao Poder Judiciário e demonstram que os reajustes tarifários aplicados ao longo dos anos respeitaram os índices de correção previstos no contrato de concessão, segundo o parecer da Comissão.
A Prefeitura em recente nota ressalta que “ao longo do período de vigência do contrato ocorreram ajustes operacionais importantes, incluindo a redução da frota de veículos, solicitada pela própria concessionária e deferida pelo Município, com o objetivo de preservar a sustentabilidade do serviço prestado”.
A Prefeitura lamenta que, apesar de compromissos assumidos em audiências de conciliação, a concessionária não tenha fornecido o acesso integral a documentos e sistemas operacionais necessários à fiscalização plena do contrato. Tal conduta tem dificultado a análise de informações essenciais para a tomada de decisões e a garantia de transparência.
É importante esclarecer que a atual situação, envolvendo o não pagamento integral da folha salarial dos funcionários da concessionária, resulta exclusivamente de decisão e responsabilidade da própria empresa Turi. O Município tem cumprido todos os repasses financeiros devidos e adotado medidas para garantir a regularidade do serviço e a proteção dos direitos da população”, consta no Comunicado Oficial enviado à imprensa.
Seguimos aguardando o desfecho, uma vez que em vídeo divulgado nesta terça-feira (14), integrantes de sindicatos do transporte rodoviário afirmam que a categoria fará paralisação na quarta (15) e em greve na quinta-feira (16) caso a Turi, concessionária do transporte público municipal, não pague os salários dos seus funcionários. Veja o vídeo AQUI!
Da Redação