O verão – e o período chuvoso – trazem consigo uma praga lenta, mas que afeta a vida de muitas pessoas em Sete Lagoas: o caramujo africano. Um serviço público municipal realiza o controle deste animal e faz recomendações para a população.
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O molusco veio ao Brasil como uma “iguaria” que seria opção ao escargot, mas como não caiu no gosto do brasileiro, as espécies foram soltas no ambiente e se proliferado desde então, sem um predador específico. De acordo com Cassiana Eudócia, supervisora do Controle de Caramujos Africanos da Prefeitura de Sete Lagoas, “o caramujo se abriga embaixo da terra e quando chega a umidade trazida pelas chuvas ele consegue se locomover a procura de alimento e isso não sinaliza um aumento na infestação”.
E o que este animal come? Plantas no geral, com preferência entre as verdes com sabor amargo, como mamoneiras e bananeiras. “A espécie não precisa de macho e fêmea pra reprodução, todos os caramujos reproduzem e isso, somado a falta de um predador natural dificulta muito o controle”, afirma Cassiana.
Em Sete Lagoas, os locais com maior relato de incidência do caramujo africano são os bairros Morro do Claro, Nossa Senhora do Carmo e das Graças, Manoa e Kwait. A recomendação da supervisora de controle ao animal é que a população não jogue sal ou cal virgem nele: “É preciso retirá-lo do local infestado porque eles abrigam nas cascas ovos que podem se tornar novas infestações. Além do mais, são potenciais criadouros de mosquitos uma vez que suas cascas podem acumular água”, completa Cassiana.
O recomendado é que se faça a catação manual do animal, usando luvas, e colocando-o dentro de um recipiente com sal ou cal virgem.
O caramujo africano pode ser vetor de doenças: a meningite eosinofílica (ainda não registrada no Brasil) e a angiostrangilíase abdominal, com alguns casos. Mas apesar do baixo risco destas infecções, deve-se tomar cuidado ao manusear hortaliças, fazendo a devida higiene e evitar o contato com eles.
“Para áreas grandes muito infestadas ou lotes atendemos através do telefone 31 3774-1546, onde uma equipe vai até o local dando as orientações de uso correto para aplicação de lesmicidas, notificando os lotes sujos com presença de caramujos e disponibilizando equipamento para irrigação do produto”, completa Cassiana.