O espetáculo “O que os olhos não vêem a vizinha inventa”, do grupo Nós e Voz apresentado as duas da manhã e que lotou a Casa da Cultura pode ser visto como um indicativo importante sobre o comportamento cultural dos moradores da cidade. A adesão do público as atrações da I Virada Cultural de Sete Lagoas durante todas as 24 horas de evento garantiu aos shows, oficinas e espetáculos público e a certeza de que a cidade tem demanda por eventos culturais de qualidade.
Os atores do grupo Nós e Voz se emocionaram com a casa lotada, o ator Admilson Andrade afirmou não ter palavras para definir a emoção, já Bárbara Dias resumiu sua sensação a uma palavra “Impressionante”. O produtor da peça Aloiz Marinho também falou sobre o resultado “Para o nosso grupo a virada cultural foi de uma importância muito grande, pois além de ter sido mais uma oportunidade de mostrar nosso trabalho, também foi um desafio nos apresentar as duas da madrugada. Creio que o resultado de um trabalho de 20 anos do grupo, resultou num público de 110 pessoas no auditório da Casa da Cultura.”
O “Nós e Voz”, que adota como tema “o humor de uma forma diferente” já está em busca de patrocinadores para a próxima peça que deve estrear em junho de 2014. “O resultado final pra nós foi excelente, temos que agradecer a todos que nos prestigiaram, estamos muito felizes. E agradecer a Prefeitura e Secretaria de Cultura.”
A plateia também demonstrou seu apoio, para a moradora Adriana Andrade todo o evento foi “fantástico”, já Elaine Braga destaca que “Correu tudo bem, foi tudo show, apesar de não poder comparecer em todos os eventos. Parabéns a todos os artistas e organizadores”.
O diretor executivo da Ovorini Carpintaria Cênica também pode notar grande adesão do público a peça do grupo e a outras atrações a que assistiu. “Acho que foi uma boa iniciativa, mas acredito que só uma ação isolada não será eficaz. Necessitamos de políticas culturais, de uma Lei Municipal de Cultura e de um Fundo Municipal de Cultura para os grupos ou iniciativas culturais”, destaca Alex que completa “pois artista Sete Lagoas já provou que tem, falta é apoio”.
O secretário adjunto de cultura Alan Keller destacou ainda a participação do público nos espetáculos de Ópera, de Forró Documentado e nas duas sessões da apresentação do grupo “Drama” do clássico de Eça de Queiroz, “O primo Basílio” que também lotou a Casa da Cultura nas duas sessões apresentadas. “A Virada nos marcou principalmente pela qualidade do artista sete-lagoano que atraiu o grande público. Foram 70 atrações com mais de 400 artistas que se apresentaram por toda a cidade inclusive na zona rural”.
Segundo o secretário adjunto, agora o trabalho é para que a Virada se perpetue ainda por muitos anos, para isso a secretaria de Cultura, já começou a trabalhar para que o evento seja inserido no calendário oficial do município por meio de lei. “ Com isso poderemos angariar mais recursos de empresas privadas e por meio de projetos”, explica Alan Keller.
Por Nayara Souza.