Uma comitiva do Subcomitê Ribeirão Jequitibá, um braço estratégico do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), esteve na Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Matadouro, na manhã de ontem (25). O grupo participou de uma visita técnica orientada pelo presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Flávio da Mata, uma equipe de técnicos da autarquia e também do Consórcio Sete Lagoas, responsável pela obra de saneamento de maior alcance ambiental da história de toda região.
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O Subcomitê Ribeirão Jequitibá é composto pelos municípios de Capim Branco, Funilândia, Jequitibá, Prudente de Morais e Sete Lagoas. Um território que tem grande interesse na ETE pela presença expressiva de cursos d’água que, nas últimas décadas, receberam efluentes domésticos e industriais sem nenhum tratamento.
A visita foi fundamental para os membros do subcomitê conhecerem detalhes de cada fase, desde a captação até o tratamento final. A unidade está em etapa de pré-operação recebendo esgoto de uma rede interceptora. O projeto da Prefeitura, executado por meio do SAAE, prevê o tratamento de 100% de todo esgoto captado na cidade, abrangendo as bacias do córrego dos Tropeiros e do ribeirão Matadouro, chegando até o Rio das Velhas. “Todos já conhecem esse projeto de maneira genérica, mas ver cada ponto que faz parte desta enorme engrenagem é muito importante. Foi uma satisfação receber o subcomitê, precisamos que todos tenham certeza do nosso compromisso e transparência”, ressaltou Flávio da Mata.
Projeto impressiona
Durante o percurso de visitação os técnicos responderam as indagações apontando a importância de cada estrutura no processo de tratamento. “É uma obra grandiosa de impressionar. A expectativa é que atenda toda população para devolvermos a água limpa aos nossos rios. Agradecemos pela oportunidade de encontrar as portas abertas para ver tudo de perto”, comentou Rosimeire de Fátima Calixto França, coordenadora geral do Subcomitê Ribeirão Jequitibá.
O subcomitê tem formação diversificada com representantes de entidades, associações, projetos ambientais, setor educacional, iniciativa privada e poder público. Uma composição que permite avaliações variadas e sugestões significativas. “A água tratada nesse sistema deve ser aproveitada, talvez ela saia mais limpa do que a captada no próprio rio. Sete Lagoas com sua grande malha urbana impôs um desafio e o SAAE fez o seu papel. Este projeto merece total apoio do CBH Rio das Velhas nesta fase final de licenciamento”, avaliou Sandra Nogueira, coordenadora da vertente Usuários de Água no Subcomitê.
Maria Honorina Pereira Rocha, servidora do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e coordenadora da vertente Poder Público do subcomitê, conheceu somente o início das obras da ETE e, nesta terça-feira, classificou o projeto como “a realização de um sonho”. “Ver uma obra dessas é pensar na qualidade de vida das pessoas e na preservação do meio ambiente. Uma realização sem precedentes em nosso município”, disse.
A ETE
O projeto da Prefeitura, executado pelo SAAE, tem um sistema de interceptores de esgoto, perfazendo aproximadamente 31 km, que leva o esgoto do município até a ETE. O empreendimento tem uma única unidade para atender às duas bacias hidrográficas da sede do município. O tratamento será em duas fases, uma anaeróbica, constituída por reator do tipo UASB, e outra aeróbica, composta por filtros biológicos percoladores e decantadores secundários com a capacidade de 510,73 litros/segundo. Um investimento de mais de R$ 100 milhões para mudar a realidade ambiental de toda a região.
Com Assessoria de Comunicação – SAAE Sete Lagoas