Conheça a doce história do “Suspiro de Anjo é do Miguel”: tradição, família e muito carinho em cada receita

Você sabia que o famoso Suspiro de Anjo é do Miguel começou com uma receita de família e as pessoas confundindo bala delícia com suspiros nas feiras da cidade? Pois é! A trajetória dessa marca, que já conquistou clientes em Sete Lagoas, região e até fora do Brasil, é marcada por trabalho em equipe, dedicação e muito amor pelo que se faz.

Suspiros embalados/ Reprodução @suspirodeanjo

De uma bala à inspiração para o suspiro

Tudo começou com Rogéria Vilela Flausino Andretta, que trabalhava produzindo balas delícia. Enquanto ela fazia os doces em casa, o marido, Miguel Andretta, saía para vender nas feiras e nas ruas. Foi aí que surgiu o primeiro impulso para a criação do suspiro:

“O pessoal começou a perguntar pro Miguel se aquela bala era suspiro, porque era branquinha. Ele respondia que não, que era bala delícia. Um dia, ele chegou em casa e disse: ‘Rogéria, nós vamos ter que fazer suspiro, tá todo mundo pedindo!’”, conta Rogéria.

No início, a ideia pareceu desafiadora. “Achei difícil, porque o suspiro é uma coisa muito delicada. Mas lembrei que tinha a receita da minha avó. Falei: ‘posso tentar’. E foi assim que tudo começou. Fomos adaptando a receita ao longo do tempo”, relembra ela.

Fábrica dos supiros/ Reprodução @suspirodeanjo

Uma produção artesanal que envolve toda a família

O negócio cresceu, mas a essência se manteve artesanal. A filha do casal, Vanessa Andretta, também faz parte da produção e conta como a família se organiza:

“Na produção fico eu e minha mãe. Nas vendas estão o meu pai, Miguel, e meu irmão, Vitor. Eu também ajudo nas vendas e as entregas para os parceiros são feitas pelo meu pai.”

A rotina da família envolve produção diária para garantir frescor e qualidade. “A gente faz sempre novinho, todos os dias. Quando o cliente encomenda para uma data especial, fazemos o mais perto possível, no máximo dois dias antes, para garantir a qualidade do produto”, explica Rogéria.

Miguel Andretta vendendo os suspiros nas ruas/ Imagem @suspirodeanjo

A média de produção é de 50 quilos por semana, podendo variar conforme a demanda. Os suspiros são feitos com ingredientes simples – açúcar, claras, raspas de limão – e sabores variados são acrescentados com pastas saborizantes, sempre pensando em agradar os clientes.

A origem do nome e a conexão com os clientes

O nome da marca também tem uma história curiosa. Em certo período, Miguel precisou se afastar das vendas por motivos de saúde. Mesmo assim, os clientes perguntavam:

“É daquele moço que vendia na feira? É o suspiro do Miguel?”

Por conta disso, a identidade do produto ficou fortemente ligada ao nome dele. Quando decidiram criar uma logomarca, não restou dúvida: “Suspiro de Anjo é do Miguel”.

Desafios e crescimento

A produção começou na cozinha de casa, de forma simples e artesanal. Com o tempo, o aumento da demanda levou a família a conquistar um espaço próprio para trabalhar.

“Ainda estamos fazendo adaptações, mas ter um local maior foi um passo importante para crescer”, diz Miguel.

A marca atende Sete Lagoas e cidades vizinhas como Paraopeba e Caetanópolis. A logística é feita com cuidado, já que o suspiro é um produto frágil, que exige transporte delicado.

“Em alguns pontos eu mesmo faço a reposição. Em outros, os parceiros recebem e cuidam disso”, explica Miguel.

As maiores demandas acontecem no Natal, mas outras datas como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados também movimentam as encomendas.

Carinho e retorno do público

A família faz questão de manter um relacionamento próximo com os clientes:

“Sempre pedimos o feedback para saber se a encomenda chegou certinha e agradou. Essa troca é muito importante para que possamos melhorar cada vez mais. A gente fica muito feliz com os elogios – até mesmo de pessoas fora do Brasil que já provaram o nosso suspiro”, diz Miguel, com orgulho.