O Conselho Municipal de Cultura, CMC, se reuniu na última semana, terça-feira, 21, para analisar a prestação de contas dos blocos carnavalescos referentes aos repasses feitos em 2013 pela prefeitura por meio da Secretaria de Cultura.
O prazo para entregar a prestação de contas pelos blocos do último Carnaval venceu no dia 16 de dezembro de 2013, e nenhum dos blocos conseguiu entregar os documentos dentro do prazo, segundo registrado em Ata do Conselho Municipal de Cultura, publicado nesta quinta-feira, 30, no Diário Eletrônico do Município.
Com o descumprimento do prazo por parte dos blocos todos os grupos serão multados em 20%, conforme a resolução reguladora. Para explicar o que impediu a prestação de contas dentro do prazo os blocos entregaram um documento para o CMC com o posicionamento dos mesmos.
Os desafios durante o processo de prestação de contas revelam um pouco da luta diária dos blocos da cidade que se esforçam para manter viva uma das tradições de Sete Lagoas, sem, contudo, lucrarem ou captarem renda com a festa.
“Todo o esforço se dá devido a uma luta de dez anos que nossas organizações travam no sentido de proporcionar um carnaval de qualidade para o povo, bem como, de resgatar a tradição carnavalesca de nossa cidade”, conta Paulinho do Boi, organizador do bloco “Boi da Manta”.
Para tanto, o carnavalesco destacou que conta com o apoio do CMC que ainda é pouco em relação a questão financeira, mas muito relevante nos demais incentivos. “Ressuscitar os carnavais passados é difícil, mas, resgatar não é, temos feito isso ao longo dos anos”, ressaltou Paulinho.
Outro ponto que segundo Paulinho também deve ser discutido é o incentivo que falta das grandes empresas e dos legisladores. “ As grandes empresas preferem investir em outra modalidade carnavalesca alegando maior valor agregado com seus produtos, é direito de quem patrocina, ainda vamos conseguir mostrar-lhes nosso valor”, acredita Paulinho.
“Queremos sim o aumento do valor das verbas e gostaríamos que fosse ao mesmo parâmetro dos grandes eventos. Para isso precisamos de apoio político incondicional, pois, não somos de nenhum partido político, somos sim do partido da felicidade e autoestima social elevada”, finaliza.
Por Nayara Souza.