A família de uma criança de 7 anos relata a agressão que a criança sofreu em uma escola de Sete Lagoas – a autora do fato seria uma servidora da instituição que atuava como cantineira. A mulher foi dispensada do centro de ensino.

O fato aconteceu na última terça-feira (17) na Escola Estadual Dr. Olinto Sátyro Alvim, no bairro Emília. A criança relatou para os familiares que a cantineira da instituição teria apertado seu pescoço e o chamado de “demônio”. “Fiquei sem acreditar. No dia 18 [quarta-feira] eu e a mãe fomos a escola a diretora mostrou tudo nas câmeras. O fato realmente [aconteceu]“, relata uma tia do estudante.
A família relatou que acionou a Polícia Militar, após a negativa da escola em chamar a corporação: “A polícia não registrou o boletim de ocorrência, [porque] segundo eles já passou de 24 horas [do ocorrido]“, afirma a parente. “A acusada negou tudo, até foi obrigada assistir o ato dela pelas câmeras da escola”, completa.
“A minha família está em choque. Eu também tenho um filho nessa escola. Nem a polícia eles não chamaram. Hora nenhuma pensaram na consciência da família e a dor da criança”, desabafa a tia.
A criança relatou, em outro momento para os familiares, que a funcionária da escola já teria ameaçado os alunos falando “que ia dar tapas na cabeça”. De acordo com a tia, o garoto não quer voltar para a escola dizendo que iria apanhar novamente e “que só sabe chorar”.
O SeteLagoas.com.br teve acesso a uma ata de ocorrência de funcionário produzida pela EE Dr. Olinto Sátyro Alvim. Nela, a direção da escola relata que a servidora, contratada como Auxiliar de Serviços da Educação Básica, teria apertado o pescoço da criança e chamado de “demônio”, estando registrado nas câmeras do colégio. No relato, a direção aponta que a mulher negou o fato e que, após orientação da inspeção da Superintendência Regional de Ensino (SRE), o colegiado escolar foi chamado e a servidora foi dispensada.
A autora tinha como uma das atribuições acompanhar os alunos que esperam o ônibus escolar buscá-las, com a supervisão de outras funcionárias. Ela, segundo a ata, foi contratada em abril deste ano para a escola.
A reportagem procurou a Secretaria Estadual de Ensino sobre a ocorrência e aguarda retorno.