Iniciado na cerimônia de entrega das chaves do residencial Dona Sílvia no bairro Boungaville, o protesto de operários da obra que ainda não receberam salários e multa rescisória terminou em confusão na porta da prefeitura, no Centro, nesta segunda-feira, 31. Representantes do sindicato da categoria entraram em choque com Guardas Civis Municipais depois que os agentes pediram para que o carro de som fosse retirado. Um Guarda e um manifestante precisaram ser atendidos por causa de ferimentos.
A Polícia Militar, PM, deu apoio aos agentes da guarda e chegou a disparar balas de borracha para dispersar a confusão. Representantes da prefeitura, Guardas Municipais e manifestantes foram conduzidos pela PM para o registro da ocorrência.
Sindicalistas e operários foram até a prefeitura tentar cobrar o que teriam a receber pela obra. Um eletricista que ainda trabalha no residencial Dona Sílvia disse que no mês passado foram depositados apenas 20% dos salários. Segundo o operário, “a empresa não paga e não dá justificativa nenhuma”. De acordo com o sindicato 96 trabalhadores que ergueram o Dona Sílvia estão sem receber.
A Caixa Econômica Federal, CEF, explicou que a responsabilidade do pagamento é da construtora Copermil. A assessoria de imprensa do banco garante que todos os depósitos para a continuidade da obra foram feitos pelo Governo Federal.
Uma pessoa chamada Guaracy seria o gerente da Copermil em Sete lagoas. Tentamos insistentemente um contato com ele, mas os telefones estão desligados. No escritório da Copermil em Belo Horizonte fomos informados que um posicionamento da empresa será divulgado nessa terça-feira, 01. Uma atendente disse apenas que “não estou autorizada a falar o nome da pessoa que vai te atender, mas amanhã (terça) ela estará aqui e o senhor poder voltar a ligar”, resumiu.
Por Marcelo Paiva