Apesar de muitos não saberem, o parque da Cascata, na Serra de Santa Helena, está fechado desde o Carnaval para os visitantes. Placas na subida da serra, próximo a Av. Prefeito Alberto Moura, Perimetral, e na porta do parque alertam os desavisados. “O Parque da Cascata está fechado para reforma. Desculpe o transtorno estamos trabalhando para melhor atendê-los”.
À época do fechamento da área pouco se falou sobre o assunto dando margem para várias possibilidades, inclusive, a de uma possível proliferação fora de controle das capivaras que foram transferidas para lá. Mas de acordo com a prefeitura, uma reforma vai deixar o espaço “em condições mínimas” para os visitantes. A pretensão é devolver o parque à população até o início da Copa do Mundo.
Nesta segunda-feira, 14, nossa reportagem foi até o parque para tentar alguma informação sobre o fechamento da área e encontrou uma comitiva da prefeitura no local analisando um projeto que estava nas mãos do assessor do gabinete do prefeito, Saulo Queirós. O engenheiro da secretaria de Obras, Antônio Garcia Maciel, a Superintendente de Meio Ambiente, Nathalia Freire e o biólogo, Ramon Lamar, também participaram da visita.
De acordo com Saulo Queirós, o parque foi fechado, única e exclusivamente, para ser reformado. “Será feito um plano de manejo, brigada de incêndio e reforma. Isso em esquema de compensação ambiental junto com a Iveco que vai fazer a contratação do pessoal e os trabalhos sob nossa (da prefeitura) orientação. Esperamos reabrir (o parque) num prazo de 30 a 60 dias”, disse.
Questionado se o fechamento do espaço teria alguma relação com a transferência das capivaras da Lagoa da Boa Vista para o parque, Queirós foi taxativo e garantiu que “não tem nada a ver. Está sendo feito o controle por um veterinário e o motivo é apenas a reforma mesmo”, insistiu.
A superintendente Nathalia disse que todos os machos foram castrados antes da mudança de local, mas admitiu que um filhote de capivara nasceu no parque. O medo de especialistas e visitantes em relação a capivara é porque o animal hospeda o carrapato estrela que, em contato com humanos, transmite a febre maculosa. A doença foi a responsável pela morte recente de duas pessoas na região da Pampulha em Belo Horizonte, que sofre o crescimento desordenado dos animais na orla da lagoa.
Por Marcelo Paiva