A informação que a Escola Técnica de Sete Lagoas iria cobrar mensalidades a partir do próximo mês deixou alunos assustados e apreensivos. Referência para estudantes da cidade interessados em cursar o ensino técnico profissionalizante, a escola é mantida pelo município e por um convênio que deixou de ser repassado pelo governo estadual, aí está a justificativa da diretoria para pedir um contribuição semestral para os estudantes.
A diretora da escola, Suzana França, garante que “não será penalizado” o aluno que não puder ou até mesmo não quiser contribuir com o valor de R$ 280 pedidos por semestre. O valor, ainda segundo a diretora, é para custear despesas de manutenção do prédio como água, luz, telefone, material de limpeza e material de secretaria.
“A gente não tem recurso próprio, por isso pedimos uma contribuição que seria equivalente a uma mensalidade de educação profissional por semestre”, explica. Quem não puder fazer a contribuição de uma só vez poderá dividir em R$ 55 por mês durante o semestre.
A opção pelo pedido de contribuição dos alunos aconteceu porque o repasse do Programa de Educação Profissional, PEP, não aconteceu este ano e o convênio se encerra em outubro. A escola técnica é mantida pelo município através da Fundação municipal de ensino profissionalizante, Fumep, que renumera os servidores e pelo convênio com a secretaria de Estado da Educação que era usado para os custos de conservação.
“A manutenção da escola é feita com esse recurso (convênio PEP da secretaria de Estado da Educação). Já que nós não estamos recebendo essa bolsa que o governo dá para o aluno, pedimos uma contribuição para manter a escola. A prefeitura cobre a folha de pagamento”, conclui a diretora Suzana. Cerca de 90 pessoas entre professores e funcionários administrativos compõem atualmente o quadro da escola.
Por Marcelo Paiva