Uma comissão formada por três representantes da invasão no bairro Jardim dos Pequis foi recebida por membros do primeiro escalão do prefeito Marcio Reinaldo depois de um protesto na porta da prefeitura na manhã desta quarta-feira, 23. Batendo em panelas, com apitos e cartazes, mais de 60 pessoas foram até a sede do executivo atrás de respostas para a situação.
Como Marcio Reinaldo não estava na prefeitura, o secretário adjunto de Planejamento, Orçamento e Gestão, Elto Sávio, e o assessor de assuntos estratégicos, Saulo Queiroz, foram os responsáveis por receber e negociar, por quase uma hora, com os representantes do movimento. Do encontro ficou acertada uma nova reunião para que as famílias mais necessitadas tenham prioridade no cadastro que está sendo feito pelo município.
Aluana Paula Pereira está no acampamento e, ao lado de Washington Luis Izidoro e Geraldo dos Reis Barbosa, está na comissão que vai intermediar as conversas entre os manifestantes e prefeitura. Ela saiu satisfeita da reunião e marcou para as 17hs, desta quarta-feira, um encontro com as pessoas da invasão na quadra do Centro de Esportes Unificado, CEU, no Jardim dos Pequis.
Os representantes de Marcio Reinaldo tentam convencer as cerca de 600 famílias que estão na área para que deixem o local até que todos sejam cadastrados e, talvez, inseridos em programas sociais. “Estamos acompanhando e não vamos deixar as famílias desamparadas, mas não faremos nada fora da lei”, advertiu Saulo Queiroz.
Um forte aparato policial, com militares até do choque, foram deslocados para a porta da prefeitura, mas o movimento não registrou incidentes até sua dispersão após o fim da reunião. A área invadida no bairro Jardim dos Pequis tem cerca de 8.400 hectares e há um mandado de reintegração de posse expedido pela justiça para que seja cumprido.
O Capitão PM Rodrigues acompanhou o protesto e esteve reunido com as partes na prefeitura. De acordo com o oficial, a prioridade é tentar ao máximo o diálogo para que a situação seja resolvida, mas não está descartado o uso da força em um eventual cumprimento de ordem judicial para que as famílias desocupem o terreno.
Na última semana a Polícia Militar deu cobertura a oficiais de justiça que foram ao terreno notificar as famílias sobre o mandado de reintegração de posse, relembre AQUI. Na ocasião algumas famílias já desarmaram acampamento, mas outras que garantem não ter para onde ir resistem o continuam vivendo um barracas na ocupação.
Por Marcelo Paiva