A Assistência Social de Sete Lagoas oferece diariamente serviços às “pessoas em situação de rua” através principalmente do chamado Centro Pop, nome mais conhecido do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua.
De acordo com a assessoria de comunicação da secretaria, a prefeitura tem agido “primeiro na tentativa de evitar a presença de moradores de rua e, em seguida, de minimizar o problema e seus efeitos”, destacou em nota.
O que se observa na cidade, assim como em todo país, é que as motivações para que essas pessoas ocupem o espaço público não é mais à falta de renda ou de familiares que possam acolher essas pessoas em casa, mas ao desejo da pessoa em viver e ou trabalhar na rua, o que tem relação com a existência de transtornos mentais ou uso de drogas, na maioria dos casos observados em Sete Lagoas, segundo observou Ana Luísa Medeiros Metzker Mendes, Assessora Técnica do Centro Pop de Sete Lagoas.
O Projeto Acolher funciona como retaguarda, ao lado de serviços de abordagem de rua e de transferência de renda, na tentativa de modificar esse quadro. O serviço atualmente atende a cerca de 210 casos referenciados.
Em nota, a assistência social, comentou um dos casos que teve repercussão na cidade e foi noticiado pelo SeteLagoas.com.br em 7 de novembro deste ano, 2014, veja AQUI. Na nota é descrito o acompanhamento do atendido e da família deste pela Assistência Social.
“ O senhor Flávio Carvalho Ribeiro, 32 anos, pessoa em situação de rua acompanhada pelo Centro Pop desde agosto de 2014. De acordo com a Assessora Técnica do Centro Pop de Sete Lagoas, Ana Luísa Medeiros Metzker Mendes, o Serviço Especializado de Abordagem Social realizou várias intervenções no caso deste cidadão. Observou-se, neste trabalho com Flávio, que ele, em algumas situações, encontrava-se extremamente agitado, não aceitando a aproximação da equipe, e expressando o desejo em não retornar para a instituição de acolhimento provisório, o Projeto Acolher.
Em outra ocasião, na Rua Domingos Louverture, a equipe de abordagem observou que ele se encontrava mais calmo, sendo possível, então, estabelecer um diálogo. Em uma terceira abordagem, agora, na Av. Antônio Olinto, houve mais uma tentativa de sensibilizar o usuário a acompanhar a equipe ao Projeto Acolher, continuando, porém o senhor Flávio a recusar se dirigir ao local de acolhimento.
Outro contato importante foi uma visita domiciliar realizada pela assistente social e auxiliar de abordagem do Centro Pop, que mantiveram contato com a mãe de Flávio. Segundo a genitora, Flávio tem dificuldade em aceitar permanecer na casa da família, necessitando de acompanhamento psiquiátrico. Na ocasião, avaliou-se que existe um quadro de vulnerabilidade familiar, social, e de saúde mental, que interfere diretamente na situação em que Flávio se encontra.
A Secretaria de Assistência Social realizou diversas tentativas de sensibilizar o usuário a retornar para o acolhimento institucional provisório e, ao mesmo tempo, referenciá-lo no serviço de saúde mental do município, entretanto, sem êxito. É importante destacar que o trabalho da Abordagem Social não tem autoridade legal para retirar ninguém compulsoriamente das ruas. Mesmo assim, na maioria dos casos, consegue o estabelecimento de vínculos facilitadores e pré-requisitos para uma intervenção de médio e longo prazo na perspectiva de emancipação e autonomia da pessoa em situação de rua”;
O Centro Pop funciona de 08h as 17h à Rua José Duarte de Paiva, nº 134 – Centro, e faz abordagens diurnas e noturnas regulares. A unidade recebe solicitações de abordagem também por meio do telefone 3776-5524.
Com informações ASCOM Prefeitura.