Há quem diga que o que a gente faz na virada do ano continua a ser feito durante todo o ano que se inicia. Por isso o Setelagoas.com.br vai divulgar nesta reportagem um ótimo exemplo de cidadania e respeito ao meio ambiente para que, talvez, inspire mais gente no próximo ano.
Em Inhaúma, a 30 km de Sete Lagoas, uma iniciativa transforma óleo vegetal usado em trabalho e renda para famílias carentes da cidade. A partir de coletores instalados em pontos estratégicos, as pessoas fazem o descarte do óleo usado que é entregue para comunidades carentes que produzem e vendem o sabão fabricado a partir do óleo.
De acordo com o idealizador do projeto, Marcio Menezes, “a ideia surgiu da necessidade de melhorar a qualidade do nosso meio ambiente.” O coletor proposto e usado no projeto é feito com garrafões de água mineral usados que são sustentados por uma base de metal. Inicialmente foram confeccionados 10 coletores que custaram, em média, R$ 100. A ideia foi muito bem aceita e nos primeiros dois meses de projeto 340 litros de óleo foram arrecadados.
Uma rádio da cidade faz a divulgação do projeto e orienta os moradores sobre a iniciativa. Os primeiros coletores foram pagos pela associação Renascer de Inhaúma. A prefeitura disponibilizou um pintor e um pedreiro para a fixação dos coletores em pontos determinados. Vários panfletos explicativos foram confeccionados e distribuídos também.
Para a continuidade da arrecadação de óleo foram firmadas parcerias com escolas da cidade que fazem campanhas e os alunos assistem a palestras sobre a importância de não se jogar óleo usado na rede de esgoto. A ideia da associação agora é espalhar mais 20 coletores pela cidade para aumentar a quantidade de óleo que se transformará em sabão.
Mas, para a sequência das ações, Marcio adianta que vai precisar da ajuda de simpatizantes e comerciantes da cidade para a confecção dos novos coletores. “Devido a natureza do projeto onde a participação coletiva é fundamental, é preciso informar e educar com campanhas em prol do meio ambiente”, acredita.
Que o exemplo de Paulo e da associação Renascer de Inhaúma inspire mais pessoas e que a iniciativa possa extrapolar os limites da cidade e chegar a outros lugares. Porque como diz outro ditado popular “a palavra convence, mas o exemplo arrasta”.
Por Marcelo Paiva